segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Para Nasa, uma longa espera pela contagem regressiva

Acordo com governo americano preocupa agência e compromete projetos

(The New York Times / Veja) Aonde ir depois? E quando?

Para a NASA, que tenta encaixar um programa de voos espaciais tripulados dentro de um orçamento federal apertado, a resposta parece ser “para algum lugar” e “nem tão cedo”.

Quando os ônibus espaciais forem aposentados este ano – e apenas um único voo de cada três ficar disponível – a NASA não terá mais como mandar os astronautas americanos ao espaço com seus próprios recursos.

O que vem depois é uma confusão.

O programa que envia astronautas de volta à Lua, conhecido como Constellation, foi cancelado no ano passado.

No lugar dele, o Congresso pediu que a Nasa construísse um foguete de carga pesada, que possa ir longe no espaço. Mas a agência afirma que possivelmente não terá como construir tal foguete dado o prazo e o orçamento que lhe foi dado.

Outro componente crucial na nova missão da Nasa– ajudando empresas comerciais a desenvolver táxis espaciais para colocar astronautas em órbita – está recebendo menos verba do que o governo Obama solicitou. Empresas como a Boeing e a SpaceX, que estão interessadas em dar um lance para custear o trabalho, não sabem ainda se conseguem fazer disso um risco lucrativo.

Quando se trata do futuro da Nasa, “é difícil especular algo a essa altura”, disse Douglas R. Cooke, membro da diretoria de sistemas de missão de exploração da agência, durante entrevista.
Um conselho que supervisiona a segurança na NASA publicou uma nota de incerteza em seu relatório anual, divulgado este mês. “Qual a missão de exploração da instituição?", questionaram os membros do Conselho Consultivo de Segurança no Espaço Aéreo em seu relatório.

E o conselho complementou: “Não está dentro dos interesses do país continuar dessa maneira. O Congresso, a Casa Branca e a Nasa devem imediatamente chegar a uma posição consensual sobre o futuro da agência e o futuro dos Estados Unidos no espaço”.

Uma preocupação que persiste é de que o acordo deixe a agência sem verba suficiente para conseguir fazer qualquer coisa, e de que – mesmo que bilhões de dólares sejam gastos – o futuro destino e a agenda dos foguetes da Nasa terminem sendo “lugar nenhum” e “nunca”.

Nesse caso, voos espaciais tripulados consistiriam apenas no trabalho a bordo da Estação Espacial Internacional, com os russos fornecendo o transporte a astronauta indefinidamente.

“Estamos num caminho cuja probabilidade de um desfecho ruim vem aumentando”, disse Scott Pace, antigo oficial da NASA que agora dirige o Instituto de Política Aérea na Universidade George Washington.

Um estudo da agência finalizado no mês passado, demonstrou uma grade de voos espaciais dentro dos próximos vinte anos, mas adiou estabelecer destinos específicos, muito menos cronogramas para se chegar lá. Uma das conclusões do estudo foi a de que tentar enviar astronautas a um asteróide em 2025 – como o presidente Barack Obama desafiou a Nasa a fazer em abril – não era “prudente”, porque poderia ser caro e limitado.

No lugar disso, o estudo defendeu uma “grade de voos mediante capacidade” – desenvolvendo elementos tais como espaçonaves, sistemas de propulsão e estações habitáveis, que poderiam ser usados e reutilizados para uma série de missões de exploração.

Enquanto isso, em Washington, a briga é menos um conflito de grandes visões do que um desentendimento sobre dinheiro e detalhes do design de um foguete.

No último outono, ao passar uma autorização para a Nasa, que esquematizou uma planta para os próximos três anos, o Congresso determinou que a agência começasse a trabalhar num foguete de transporte de carga pesada.

Disse ainda que o design deveria ser baseado em tecnologias disponíveis dos ônibus espaciais já existentes e do Constellation; o foguete deveria estar pronto ao final de 2016, e a Nasa teria cerca de 11,5 bilhões de dólares para desenvolvê-lo.

Na época, o senador Bill Nelson, democrata da Flórida que ajudou a formatar a planta feita pela agência, disse: “Se nós não podemos fazer algo com o que estão dando, então devemos questionar se podemos ou não construir o foguete”.

A planta, definida em lei pelo presidente Obama em outubro, deu para a instituição 90 dias para explicar como eles iriam construir o foguete.

Há duas semanas, a agência informou ao Congresso que havia optado por designs de sua preferência para o foguete e para a cápsula da tripulação que leva os astronautas, mas não conseguia ainda encaixá-los no cronograma programado e nas restrições de verba.

“Todos os nossos modelos dizem ‘não’”, afirmou Elizabeth Robinson, CFO da Nasa, “até mesmo modelos que possuem considerações generosas de preços acessíveis”.

Ela disse que a agência continua a explorar uma maneira de como poderia reduzir os custos.

Dois dias após receber o relatório, Nelson contou que teve de falar com o diretor da Nasa, o general Charles F. Bolden Jr. "Disse que ele precisa seguir a lei, que exige que o novo foguete esteja pronto até 2016”. E completou: “E a Nasa precisa construí-lo dentro do orçamento que a lei exige”.

O histórico do desenvolvimento de projetos de grandes naves espaciais, tanto dentro como fora da agência, é de que eles custam muito mais e levam mais tempo do que o inicialmente previsto. Se os custos do foguete aumentarem, o projeto poderia, assim como o programa Constellation, desviar verba de outros departamentos da Nasa.

Desta forma, especialistas se perguntam como a agência conseguirá bancar o foguete de transporte pesado e os táxis comerciais espaciais, que supostamente devem iniciar os voos no mesmo período.

“Eles estão se programando para um longo projeto de desenvolvimento cuja realização está muito além do horizonte”, comentou James A.M. Muncy, consultor de política espacial, sobre o design do atual transporte de carga pesada. “A pergunta é, o que mais o Congresso quer? Eles querem somente manter o contrato dos prestadores de serviço, ou eles querem que os Estados Unidos explorem e espaço?”

Ele chamou a situação na Nasa de “descarrilamento”, onde “todos os que estão envolvidos sabem que é um descarrilamento”.

O Constellation teve início em 2005 no governo Bush, visando retornar à Lua em 2020 e estabelecer uma base por lá nos anos seguintes. Mas o projeto nunca recebeu todo o dinheiro prometido desde o início, o que desacelerou o trabalho e a conta final.

Quando Obama concorria à candidatura presidencial, disse apoiar o objetivo de retornar à Lua. Mas depois que assumiu o cargo não demonstrou tanto entusiasmo. O orçamento dele para o ano fiscal de 2010 não visava cortes de imediato no Constellation, mas reduziu os gastos projetados para os próximos anos.

O governo também organizou um conselho de excelência, liderado por Norman Augustine, antigo diretor da Lockheed Martin, para revisar o programa. O conselho concluiu que o Constelattion não caberia dentro do orçamento estipulado – 100 bilhões de dólares em 10 anos – e demandaria 45 bilhões de dólares a mais para funcionar. Estender o trabalho da estação espacial por mais cinco anos depois de 2015 demandaria outros 14 bilhões, disse o grupo.

O conselho tampouco conseguiu encontrar uma alternativa que se encaixasse. Disse que para um programa expressivo de voos espaciais tripulados, a Nasa precisaria de 128 bilhões de dólares - 28 bilhões a mais do que o governo pretendia disponibilizar – nos próximos dez anos.

Se o país não estava disposto a gastar tanto assim, deveria ter solicitado à agência que fizesse algo menor, disse o conselho.

Em fevereiro, ao revelar a projeção do orçamento para o ano fiscal de 2011, o governo Obama disse que queria cancelar o programa Constellation, voltar-se para empresas comerciais de transporte aéreo que chegassem à camada mais baixa da órbita terrestre e investir pesado em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias para futuras missões no espaço profundo.

O orçamento de Obama requeria mais verba para a Nasa – mas para outros departamentos da agência como aviação e missões de ciência robótica. A permissão de uso de verbas sugerida para voos espaciais tripulados continuava em níveis cujo conselho de Augustine afirmava ser inviável.

Na tentativa de forçar o cancelamento do Constellation, vários representantes do governo Obama o chamaram de “impraticável”, tão caro que o projeto capengou por anos sem progresso compreensivo.

“O fato de termos despejado 9 bilhões de dólares num programa impraticável de fato não é desculpa para injetar mais 50 bilhões nele e ainda assim continuar com um programa irrealizável”, disse James Kohlenberger, chefe de equipe do Departamento de Política de Ciência e Tecnologia da Casa Branca, durante uma conferência de imprensa em fevereiro do ano passado.

O objetivo maior de pisar em solo de Marte, que Obama disse esperar da Nasa por volta da metade da década de 2030, está ainda mais longe no futuro.

Nave russa Progress M-09M se acopla com sucesso à ISS

Cargueiro transporta o microssatélite Kedr e mais de 2,6 toneladas de produtos


Lançamento da nave Progress M-09M



(Efe / Estadão) A nave de carga russa Progress M-09M se acoplou neste domingo com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

A manobra se realizou em regime automático, como estava previsto, disse um porta-voz do CCVE citado pelas agências russas.

A Progress levou mais de 2,6 toneladas de carga entre roupa, artigos de higiene, porções de comida, alimentos frescos, presentes, combustível, oxigênio, água potável e também um envio para o segmento americano da ISS.

Além disso, o cargueiro transportou ao laboratório orbital o microssatélite Kedr, com uma massa de 30 quilos, que será posto em órbita pelos cosmonautas russos Oleg Skripochka e Dmitri Kondratiev durante a caminhada que devem realizar em 16 de fevereiro.

Durante meio ano, o microssatélite, criado por universitários para radioamadores, enviará 25 mensagens de saudação em 15 idiomas, fotografias da Terra, assim como informação sobre o funcionamento de seu equipamento científico.

Além disso, transmitirá frases pronunciadas por crianças de diversos países por ocasião do 50º aniversário da primeira viagem do homem ao espaço, realizado pelo cosmonauta soviético Yuri Gagarin.

A Progress M-09M, a primeira nave de carga russa que chega este ano à ISS, levou também equipamentos para a realização de vários experimentos científicos.

Durante 2011, a Rússia deve lançar seis cargueiros para abastecer a tripulação da ISS, integrada atualmente por Skripochka, Kondratiev e um terceiro russo, Aleksandr Kaleri, assim como pelos americanos Scott Kelly e Catherine Coleman e o italiano Paolo Nespoli.

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Peru: cubesat em órbita no final de 2011

(Panorama Espacial) Segundo notícias divulgadas na imprensa peruana, o cubesat peruano Chasqui I deve ser lançado ao espaço até o final deste ano. Segundo Aurelio Padilla Ríos, reitor da Universidad Nacional de Ingeniería (UNI), entidade responsável pela construção do artefato, o lançamento estaria atrasado em razão da espera de permissão da agência espacial russa (Roscosmos) para o lançamento.

O Chasqui I deve ocupar uma posição orbital a 650 km de altitude, e será equipado com duas câmeras digitais para o imageamento terrestre, com seus dados servindo para aplicações em estudos climáticos, florestais e arqueológicos.

Nave-robô do Japão chega à Estação Espacial Internacional

Cargueiro leva mantimentos, equipamentos científicos e peças de reposição

(Reuters / iG) Uma nave cargueira japonesa guiada por controle remoto chegou na quinta-feira à Estação Espacial Internacional levando mantimentos, equipamentos científicos e peças de reposição.

É a segunda nave japonesa a atracar na Estação, e a primeira de quatro a chegarem lá no período de um mês.

A atracação reforçou a confiança na capacidade de a Estação continuar operacional depois que a Nasa aposentar sua frota de ônibus espaciais, dentro de cerca de seis meses, após mais dois ou três voos.

Caberá então às naves japonesas HTV-2, aos Veículos Automatizados de Transferência (ATV) europeus e às cápsulas Progress, da Rússia, continuarem abastecendo a Estação Espacial, um projeto de 100 bilhões de dólares que envolve 16 países.

A Nasa espera que a partir de dezembro naves comerciais possam ser alugadas para também levar mantimentos à Estação. Já o transporte de tripulantes será exclusividade dos módulos russos Soyuz, ao custo de 51 milhões de dólares por passageiro.

A nave japonesa HTV, batizada de Kounotori, foi lançada no sábado a bordo de um foguete H-2B, no Centro Espacial Tanegashima, no sul do Japão.

Na quinta-feira, ela pairava a cerca de 10 metros da Estação, enquanto a engenheira de voo em órbita, Catherine "Cady" Coleman, manobrava o braço robótico do complexo orbital para "laçar" a nave japonesa, que pesa quase 16 toneladas. Ela foi então atracada ao nódulo Harmony da Estação.

Os seis tripulantes da Estação começarão na sexta-feira a descarregar as 3,2 toneladas de carga que a Kounotori transportou.

A carga seguinte vem logo depois. Um foguete russo Progress deveria decolar na própria quinta-feira de Baikonur, no Cazaquistão, para chegar no sábado à Estação.

O segundo ATV europeu, batizado de Johannes Kepler, está sendo preparado para o lançamento em 15 de fevereiro. No dia 24, será a vez de a Nasa tentar lançar o ônibus Discovery, levando peças de reposição e um módulo de armazenamento, entre outros itens.

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Vídeo da acoplagem:

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

AEB aprova licenciamento para atividades da Alcantara Cyclone Space

Agência designará equipe de acompanhamento das Atividades Espaciais de Lançamento do Projeto Cyclone 4

(JC) A Agência Espacial Brasileira (AEB) aprovou, por meio de portaria publicada na edição desta quarta-feira (26/1) do Diário Oficial da União, licenciamento para a execução de atividades espaciais para empresa binacional Alcantara Cyclone Space - ACS em seu sítio de lançamento situado na península de Alcântara - MA, nas dependências do Centro de Lançamento de Alcântara. As atividades estão permitidas pelo período de um ano.

Segundo a portaria, a AEB designará equipe de acompanhamento das Atividades Espaciais de Lançamento do Projeto Cyclone 4 com incumbência de elaborar relatórios técnicos.

A íntegra da portaria pode ser consultada em: http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=13&data=26/01/2011

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Satélite europeu que vai estudar as nuvens está a ser repensado


(Público - Portugal) O projecto do satélite europeu que vai estudar as nuvens está a ser repensado. Os estados-membros da Agência Espacial Europeia pediram aos cientistas da ESA para pensarem numa alternativa para que o projecto não seja tão caro.

Um dos instrumentos do satélite Earthcare aumentou de custo e fez com que o preço da aventura subisse de 450 milhões para 590 milhões de euros. A máquina foi desenhada para compreender a formação e evolução das nuvens e dos aerossóis. O objectivo é compreender que importância têm nas alterações climáticas.

“Os membros da Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês) pediram-nos para reunir todos os prós e contras numa revisão formal”, disse o director do departamento de observação terrestre da ESA à BBC News, Volker Liebig.

“Eles querem conversar com os cientistas, perceber se existe uma alternativa que dê os mesmos resultados científicos. Vamos depois mostrar as conclusões dessa revisão aos estados-membros para que decidam o que fazer”, disse.

O satélite Earthcare faz parte de uma série de naves projectadas pela ESA para estudar a Terra. Três missões já estão no espaço para obter informação sobre a cobertura dos gelos, a humidade do solo e a salinidade dos oceanos.

Um dos instrumentos necessários para o Earthcare fazer o seu trabalho iria lançar pulsos de luz ultra-violeta para a atmosfera. A partir do comportamento da luz que iria reflectir na atmosfera e voltar para o instrumento, os cientistas conseguiriam tirar informação acerca da posição das nuvens e dos aerossóis e conseguiriam calcular que efeito é que tinham na equação energética do globo.

Mas o laser necessário para este processo necessita de ser mais complexo do que o necessário e aumentou o preço do projecto. Um terço dos 140 milhões de euros de aumento do custo deve-se ao satélite final ser mais pesado e requerer um foguetão maior para o lançar.

Segundo a BBC News o lançamento só acontecerá para lá de 2016, dois anos depois do esperado.

As ambições bolivianas

(Panorama Espacial) Mal assinou o contrato para a construção do primeiro satélite boliviano, o Tupac Katari (TKSat-1), em dezembro de 2010, o governo boliviano já fala num segundo, desta vez para observação terrestre, especialmente de recursos minerais. É o que disse no último sábado (22), na assembleia legislativa, o presidente Evo Morales.

Morales confirmou ainda que viajará à China em março para acompanhar o início da construção do satélite de comunicações, e também destacou que 70 jovens bolivianos serão treinados pelo fabricante para o gerenciamento do sistema.

E as ambições peruanas
Na América do Sul, o Peru é outro país que considera seriamente adquirir um satélite de observação. No final do ano, circularam notícias na imprensa peruana dando conta de que em 2011, o governo daria início a uma licitação, num investimento estimado entre 80 a 100 milhões de dólares.

Cosmonauta e seu filho dão primeiros passos juntos

Primeira caminha espacial de Dmitri Kondrátiev coincidiu com os primeiros passos de seu filho Slavik

(Efe / Estadão) O cosmonauta russo Dmitri Kondrátiev, que na sexta-feira, 21, realizou sua primeira caminhada espacial na Estação Espacial Internacional (ISS), celebrou no mesmo dia os primeiros passos de seu filho, Slavik, informou a agência russa, Roscosmos.

"Ao mesmo tempo que Dima (apelido de Dmitri) saia ao espaço, Slavik andou. Ele até então nunca havia andado sozinho, apenas se segurando em algo. E foi assim: a primeira caminhada do pai e os primeiros passos do filho. Esperamos que quando Dima volte, Slavik já saiba correr", disse a esposa do cosmonauta. Slavik, o filho mais novo de Kondrátiev, fez um ano em 28 de dezembro e tem um irmão mais velho, Vladik, de cinco.

Dmitry Kondratyev e Oleg Skripochka realizaram com êxito a primeira caminhada espacial da atual missão da ISS. Durante saída, que durou 5h23m, foram instalados diversos equipamentos na estação espacial.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Foguete em Exposição na Campus Party Será Lançado ao Espaço


(Terra / Brazilian Space) A área de Astronomia, no pavilhão Arena da Campus Party, exibe orgulhosamente a criação do técnico em elétrica Wagner "Coyote" Brito. O agora produtor de foguetes criou por hobby o foguete VES (Veículo Experimental de Sondagem), que será lançado ao espaço em fevereiro de 2011.

O projeto está em desenvolvimento desde 2006 em São Caetano, interior de São Paulo, sua cidade natal. Aos 50 anos, essa é a primeira vez que Brito vai estudar profissionalmente sobre o assunto. "Eu fiz tudo sozinho. Agora eu vou entrar em um curso de mecatrônica para me especializar", disse.

Wagner tem chamado a atenção da pequena área de astronomia do Brasil. De acordo com ele, um dos membros da Agência Espacial Brasileira o convidou para participar de projetos de incentivo do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial. "Agora, as portas estão abertas", afirmou.

O foguete tem 3,16 m de altura, 15 cm de diâmetro e 70 kg. Com velocidade máxima de 1.350 km/h, o VES chega a uma altura de 30 mil pés (cerca de 9.140 m) e será usado para experimentos em microgravidade, baixa temperatura e em queda abrupta de pressão atmosférica. Ele também será equipado com câmeras CDD color e sensores de transmissão de imagem, que possibilitarão que os curiosos assistam do momento do lançamento ao retorno do projétil à Terra. O vídeo será transmitido ao vivo no site coyoterockects.com.br quando o foguete for lançado.

Campus Party Brasil 2011
Nascida na Europa, em 1997, a Campus Party é um dos maiores eventos de tecnologia, entretenimento e cultura digital do mundo que, em 2011, chega a sua quarta edição brasileira. Além do Brasil, são tradicionais os encontros realizados na Espanha, na Colômbia e no México. A Campus Party Brasil acontece de 17 a 23 de janeiro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP).

Neste ano, há mais de 6,8 mil participantes - ou campuseiros - sendo que dentre esses, mais de 4,5 mil ficam acampados no local. Além de atividades como oficinas e exposições, a Campus Party Brasil 2011 tem inúmeras palestras e recebe, entre outros, o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, Tim Berners-Lee, pai da "WWW", e Jon Maddog Hall, presidente da Linux International.
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Nasa planeja lançar superaviões em 2025

Agência espacial americana quer que as aeronaves do futuro sejam revolucionárias

(R7) A Nasa (agência espacial americana) tem planos de levar ao céu passageiros a bordo de aviões muito diferentes dos que existem atualmente.

A agência selecionou projetos de três empresas para que, por volta do ano de 2025, sejam lançados voos comerciais feitos em aparelhos com tecnologia revolucionária. Um dos objetivos é que os voos sejam operados com segurança em um sistema mais moderno de gestão do tráfego aéreo.

Não é a primeira vez que a Nasa se empenha em estimular grandes empresas a pensarem o futuro dos aviões. A ideia é que as novidades fiquem prontas cada vez mais cedo. Antes de propor aviões mais potentes para 2025, a agência americana desafiou as companhias a elaborar propostas para 2035.

É possível que em 15 anos, os resultados finais das aeronaves sejam bem diferentes dos projetos apresentados, já que as tecnologias mudam a todo instante, mas as empresas ao menos terão um ponto de partida para atender as regras estabelecidas pela agência espacial americana.

Durante todo o ano de 2011, as companhias Lockheed Martin, Northrop Grumman e Boing devem pesquisar, desenvolver e testar seus projetos apresentados à Nasa.

Os superaviões serão mais rápidos, maiores, mais silenciosos e terão consumo de combustível de maneira mais eficiente, poluindo menos do que as aeronaves atuais.

As três empresas escolhidas devem seguir critérios estabelecidos pela Nasa para o desenvolvimento dos aviões supersônicos. Os novos modelos devem atingir ao menos 85% do som (aproximadamente 1040 km), viajar por , no mínimo, 11 mil km, e transportar entre 22,5 mil e 45 mil kg de carga, seja em equipamentos ou passageiros.

Cada desenho é muito diferente do outro e a esperança das companhias é que os resultados sejam muito bons durante as simulações para que a agência espacial americana escolha um dos projetos.

Cargueiro Progress evacua lixo da ISS e afunda no Pacífico

(Efe / Terra) O cargueiro Progress M-08M se separou da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) nesta segunda-feira para evacuar resíduos e equipamento obsoleto da plataforma orbital, e seus restos afundaram posteriormente nas águas do Oceano Pacífico.

"O cargueiro se desatou às 3h43 (horário de Moscou) do módulo russo Pirs. A partir de 30 de janeiro a Progress M-09M ocupará o seu lugar e o lançamento a partir da base de Baikonur (Cazaquistão) está previsto para 28 de janeiro", informou um porta-voz do Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia.

Os propulsores de freio da Progress M-08M, que ficou acoplada por cerca de três meses no laboratório orbital, foram iniciados às 8h16 de Moscou e, em seguida, o cargueiro saiu de sua órbita.

"Segundo os analistas do Centro de Controle de Voos Espaciais, os fragmentos do cargueiro Progress M-08M que não se queimaram ao entrar nas camadas densas da atmosfera caíram no sul do Oceano Pacífico", acrescentou o porta-voz, citado pela agência "Interfax".

A fonte lembrou que é nessa região do Pacífico, a 3 mil quilômetros da Nova Zelândia e em uma região livre de navegação marítima, onde normalmente são afundados os cargueiros russos, no denominado "cemitério de naves espaciais".

A Progress M-08M foi lançada em 27 de outubro a partir da base de Baikonur com mais de 2,5 toneladas de carga essencial para os tripulantes da ISS.

O acoplamento ocorreu três dias depois de forma manual, após uma tentativa fracassada de engate automático
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sábado, 22 de janeiro de 2011

Japão lança foguete com suprimentos para Estação Espacial

O HTV2 transporta 5,3 toneladas de material e alimentos. Lançamento atrasou dois dias por causa do mau tempo.

(Efe / G1) Um foguete com suprimentos para a Estação Espacial Internacional (ISS) foi lançado com sucesso do centro espacial de Tanegashima, no sudoeste do Japão, informou a Agência Aeroespacial do país (Jaxa).

Após dois dias de atraso por causa do mau tempo na região, o foguete H-2B, que carrega o transportador de carga não-tripulado HTV2, também chamado de Konotori 2, deixou o solo.

O transportador se separou do foguete aos poucos minutos do lançamento. Prevê-se que na próxima quinta (27) ou sexta-feira (28) ele chegue à estação espacial, indicou a Jaxa, citada pela agência de notícias japonesa "Kyodo".

O HTV2 transporta 5,3 toneladas de material, que inclui alimentos para os astronautas, 80 quilos de água potável e instrumentos para o centro científico que o Japão mantém na ISS.

Também leva sementes de tomate e pimentas para um experimento que o Japão realiza junto com a Malásia, Indonésia, Tailândia e Vietnã.

Após permanecer vários dias na estação espacial, o HTV2 será carregado com resíduos da ISS e retornará à Terra, para posteriormente se desintegrar na atmosfera terrestre.

O Japão desenvolve desde 2003 um intenso programa espacial que, baseado em sua tecnologia de ponta, se concentra na prospecção de planetas e asteroides.
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Faculdades e Iniciativa Civil Produzem Foguetes


(Via Fanzine / Brazilian Space) O grupo “Rumo ao Espaço”, em atividade na Escola de Engenharia da UFMG e da PUC, em Belo Horizonte-MG e na UNIVAP, em São José dos Campos-SP, nasceu de uma pareceria com a empresa privada INOTECH, sediada em Belo Horizonte e desenvolve projetos construção de motores foguetes a propelentes líquidos.


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E mais:
Sustentabilidade em ÓRBITA (UFMG / Brazilian Space)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cosmonautas ficam no espaço para instalar equipamento fora da ISS


(Associated Press / Folha) Os astronautas russos Dmitry Kondratyev e Oleg Skripochka saíram da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) nesta sexta-feira.

A dupla ficou incumbida de instalar um sistema de rádio experimental e uma câmera na parte externa da ISS.

Os outros quatro residentes da estação espacial monitoraram a missão.

A tripulação que vive na ISS é formada por três russos, um italiano e dois americanos --um deles é Scott Kelly, cunhado da deputada Gabrielle Giffords, que foi ferida em tiroteio no Arizona, e irmão gêmeo de Mark, também astronauta.
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Boeing testa foguete espacial pela primeira vez

'Delta 4' poderá levar humanos ao espaço no futuro. Voo inaugural foi feito sem tripulantes a bordo.

(AP / G1) A fabricante de aviões norte-americana Boeing testou, na quinta-feira (20), o foguete Delta 4, que poderá, no futuro, ser usado para levar humanos ao espaço. O lançamento foi realizado na base aérea Vandenberg, na Califórnia. O voo inaugural foi feito sem tripulação a bordo. Não é a primeira vez que uma empresa tenta ganhar o espaço. Antes privilégio das agências espaciais, empresas como Virgin já haviam desenvolvido veículos para exploração espacial em um futuro próximo. (Foto: Phil Klein / AP Photo)
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Ônibus espacial Atlantis será lançado em 28 de junho

Missão ainda precisa ser autorizada pelo governo dos Estados Unidos

(AFP / iG) A Nasa anunciou nesta quinta-feira sua intenção de lançar no dia 28 de junho o ônibus espacial Atlantis, na que será a última missão do programa espacial americano antes que a famosa frota seja aposentada.

"A intenção da Nasa é enviar a nave Atlantis à Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), com o módulo multiuso Raffaello para fornecer suprimentos, logística e peças de reposição" à estação espacial, indicou um comunicado.

O presidente Barack Obama assinou um projeto de lei que autoriza a Nasa a conduzir esta terceira e última missão prevista para 2011, mas o orçamento da agência espacial americana deste ano ainda não foi aprovado, de modo que o voo depende da autorização dos fundos adicionais pelo Congresso.

O voo do Atlantis será o número 135 do programa de ônibus espaciais, além de significar a última missão da frota.O ônibus espacial Discovery será lançado no dia 24 de fevereiro e o Endeavour no dia 19 de abril.
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Três para subir: começa temporada de lançamentos espaciais

Depois de descarregado, o cargueiro será transformado em uma espécie de caminhão de lixo espacial. [Imagem: JAXA]






Cegonha espacial
(Inovação Tecnológica) A Agência Espacial Japonesa (JAXA) prepara-se para lançar, neste sábado, um foguete H-II-B, levando a bordo a nave não tripulada Kounotori.

Kounotori, que significa cegonha branca, símbolo da entrega de felicidade e alegria, é um "apelido" para o HTV2 (H-II Transfer Vehicle), uma nave de carga capaz de navegar automaticamente até a Estação Espacial Internacional.

Ao contrário do cargueiro europeu Júlio Verne e das naves russas Progress, que são capazes de acoplar-se automaticamente à ISS, o HTV aproxima-se até uma distância de 10 metros, sendo então rebocado pelo braço robótico da Estação.

Embora possa parecer uma desvantagem do ponto de vista técnico, a acoplagem guiada pelo braço robótico usa um mecanismo que já está disponível na Estação e simplifica enormemente o projeto do cargueiro, que não precisa de complicados sistemas de direcionamento, aproximação e acoplagem. O resultado é uma nave menor e com maior espaço útil.
O cargueiro é dividido em duas seções, uma pressurizada e outra já aberta para o espaço. [Imagem: JAXA]

Lixeiro espacial
A partir do lançamento, o cargueiro leva uma semana até chegar à Estação - um ônibus espacial leva cerca de dois dias.

Ao chegar, ele será agarrado pelo braço robótico Canadarm e será acoplado ao módulo Harmonia da Estação.

Outra diferença entre o HTV e os cargueiros europeu e russo é a divisão em dois compartimentos, um aberto para o espaço e outro pressurizado, acessável diretamente pelos astronautas.

Isso facilita o transporte de peças sobressalentes e experimentos científicos que devem ser instalados no lado externo da Estação, como no módulo externo do laboratório Kibo.

Depois de descarregado, o cargueiro será transformado em uma espécie de caminhão de lixo espacial. O lixo da Estação Espacial será colocado em seu interior e a nave será enviada para queimar na reentrada da atmosfera da Terra no final de Março.

O primeiro HTV foi lançado em 2009.

Cargueiro espacial europeu
No dia 15 de Fevereiro será a vez do lançamento do ATV-2 europeu, batizado de Johannes Kepler.

O primeiro ATV (Automated Transfer Vehicle), chamado Júlio Verne, foi ao espaço em 2008.

Enquanto o primeiro ATV realizou uma série de testes e demonstrações em seu caminho para a Estação Espacial Internacional (ISS), o Johannes Kepler seguirá diretamente para seu destino.

A acoplagem com a ISS está prevista para ocorrer no dia 26 de Fevereiro, bem a tempo de limpar a área para a chegada do Discovery, cujo lançamento está programado para o dia 24 de Fevereiro.

O ATV-2 vai levar 7,5t de carga e servirá como nave auxiliar para manobrar a Estação Espacial. [Imagem: ESA]

Nave auxiliar
O ATV-2 vai levar mais carga para a Estação Espacial do que o primeiro ATV.

Várias melhorias deram ao Johannes Kepler capacidade para transportar uma carga completa de propelente, de quase 5 toneladas. A carga completa - de gases, líquidos e produtos secos - totaliza 7,5 toneladas.

Uma vez acoplado à Estação, o ATV vai ajudar nas manobras de controle de altitude da ISS, realizando ajustes de órbita regulares para evitar os detritos espaciais. Ele servirá também como área de armazenamento adicional.

Depois de ficar por três meses e meio na Estação, o cargueiro se desacoplará e será enviado para queimar na atmosfera, sobre uma área no sul do Oceano Pacífico.

Nave reutilizável
Enquanto isso, avançam rapidamente os testes com a nave Dragon, a única das novas alternativas de voo para a Estação Espacial que é reaproveitável, retornando ao solo depois de cada missão, e a primeira fabricada sob controle da iniciativa privada.

O primeiro teste da Dragon foi feito em Dezembro de 2010.

Ao contrário dos cargueiros japonês e europeu, a nave Dragon está sendo projetada para levar carga e astronautas para o espaço, podendo assumir configurações para levar somente carga, somente tripulação, ou uma combinação dos dois.

Tecnologia & Defesa acompanha lançamento espacial em Kourou


(Tecnologia & Defesa) Na última semana de dezembro, entre os dias 27 e 29, a reportagem de Tecnologia & Defesa esteve em Kourou, na Guiana Francesa, para acompanhar uma missão de lançamento do foguete europeu Ariane 5, da Arianespace.

O projeto do Centro Espacial da Guiana (em francês, Centre Spatial Guyanais - CSG) foi lançado pela França em abril de 1964, com o centro tendo se tornado operacional quatro anos depois, em 1968.

A região de Kourou foi considerada uma localização excepcional em razão da proximidade com a linha do equador (5°10'), extensivas possibilidades de azimutes de lançamento, além de ser uma região livre de ciclones e furacões.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Nasa confirma ejeção espontânea e pede auxílio a radioamadores

Engenheiros do centro espacial Marshall, da Nasa, posam ao lado da vela solar, após o teste de abertura do dispositivo. Acima, vídeo mostra o mecanismo sendo testado no laboratório. Crédito: Centro Espacial Marshall, Nasa / Youtube / Apolo11.com.


(Apolo11) A agência espacial americana, Nasa, confirmou ontem que o nano satélite experimental NanoSail-D ejetou espontaneamente da estrutura principal do satélite FASTSAT. A ejeção foi identificada pelos engenheiros do Centro Espacial Marshall, que estão solicitando a ajuda de radioamadores na captação dos sinais de rádio emitidos pelo artefato.

A equipe de pesquisadores responsáveis pelo experimento conta com os informes dos radioamadores para verificar se o satélite está em boas condições e se poderá completar a missão de vela solar para o qual foi projetado. Os sinais de telemetria estão sendo emitidos através de packet-radio na frequência de 437.270 MHz e qualquer informação poderá ser enviada diretamente ao centro de controle da missão, na Universidade de Santa Clara, em http://nanosaild.engr.scu.edu/dashboard.htm

Após a ejeção, um temporizador a bordo do satélite iniciou uma contagem regressiva de três dias. Quando chegar a zero, o que deverá ocorrer no sábado, um mecanismo automático iniciará o desdobramento de uma vela plástica de 9.2 metros quadrados, fundamental para a continuidade da missão.

Para saber se a vela foi perfeitamente aberta os pesquisadores usarão os sinais de telemetria captados pelos radioamadores, por isso os informes estão sendo ansiosamente aguardados,
Na sequência, o engenheiro Doug Huie, ligado à universidade do Alabama, ajusta cuidadosamente o mecanismo usado para liberar a vela solar. NanoSail-D mede 10 cm x 10 cm x 32 cm e pesa cerca de 4.5 quilos.





"Estamos ansiosos para ouvir o sinal da telemetria nos dizer que está tudo bem com o satélite", disse Dean Alhorn, engenheiro aeroespacial ligado ao Centro Marshall e principal investigador do experimento. "Nossa equipe está bastante confiante e acredita NanoSail-D esteja em boas condições e apto a conduzir a missão", completou o cientista.

Planejada
A ejeção planejada foi iniciada no dia 6 de dezembro de 2010, quando os engenheiros confirmaram que o compartimento que abrigava o satélite havia sido aberto e o pequeno NanoSail-D havia sido ejetado. No entanto, análises feitas posteriormente indicaram que não havia evidências de que o objeto havia entrado em órbita, fazendo a equipe acreditar que NanoSail-D ainda permanecia dentro do corpo do satélite principal.


Vídeo mostra o mecanismo sendo testado no laboratório.
Crédito: Centro Espacial Marshall, Nasa / Youtube / Apolo11.com.



A missão FASTAST continuou a operar normalmente com outros cinco satélites científicos funcionando como o planejado.

"Sabíamos que o compartimento estava aberto e que NanoSail-D poderia ejetar-se por si próprio", disse o diretor do projeto Mark Boudreaux. "Nessa manhã tivemos a confirmação de que isso realmente aconteceu".

Se a abertura das velas ocorrer como previsto, NanoSail-D deverá permanecer em órbita baixa entre 70 e 120 dias, dependendo das condições de arrasto da atmosfera. O artefato foi projetado para de mostrar o funcionamento de abertura de uma vela solar compacta, que poderá ser usada como alternativa de propulsão. Além disso, a missão FASTSAT tem o objetivo de testar a habilidade de ejetar nanosatélites a partir de um microssatélite.
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Astronauta que sofreu acidente de bicicleta não vai mais ao espaço

Astronauta Stephen Bowen é escalado pela Nasa para integrar tripulação do Discovery, com lançamento em fevereiro



(Associated Press / Folha) O astronauta Timothy Kopra deve estar se lamentando. Depois de sofrer um acidente de bicicleta, ele foi retirado da missão do Discovery, cujo voo está programado para 24 de fevereiro e entra para a história como sendo o último do ônibus espacial. Em seu lugar, foi escalado o veterano Stephen Bowen.

A agência espacial americana, Nasa, não especificou o quanto Kopra estava ferido. Mas como anunciou oficialmente o acidente na semana passada, já se suspeitava que ele seria substituído.

A baixa, desta vez bem prosaica, é a segunda que acomete o Discovery. O lançamento da nave estava programado para novembro do ano passado, mas foi adiado devido a uma rachadura no tanque de combustível e sucessivas falhas técnicas.

PROBLEMAS PESSOAIS
Esta também é a segunda vez que a Nasa é obrigada a lidar com problemas pessoais, e não técnicos, de seus astronautas. Na semana passada, a agência nomeou o astronauta Rick Sturckow como substituto do comandante do Enveavour, com missão para o espaço marcado para 19 de abril.

Sturckow assume o posto do comandante atual, Mark Kelly, que é marido da deputada democrata Gabrielle Giffords. Ela levou um tiro na cabeça, disparado por Jared Loughner, 22, durante um evento político em Tucson, no Arizona. No tiroteiro, seis pessoas morreram, sendo uma delas uma menina de apenas nove anos e o juiz federal John Roll.

A deputada também tem um cunhado no espaço. Scott, irmão de Kelly, que se encontra atualmente na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

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Lançamento de foguete japonês é remarcado para sábado

Mau tempo havia adiado partida desta quinta-feira; Nasa irá transmitir o lançamento pela internet

(Efe / Estadão) O lançamento do foguete japonês Kounotori 2, que levará material para a Estação Espacial Internacional (ISS, pela sigla em inglês), previsto para esta quinta-feira, 20, foi remarcado para sábado, 22. Na quarta-feira, 19, o lançamento foi adiado devido ao mau tempo.

A Nasa irá transmitir pela Nasa TV o lançamento, que acontecerá na base Tanegashima, no sul do Japão, às 07h37 (Horário de Brasília) e a chegada do foguete à ISS no dia 27 de janeiro.

O foguete não-tripulado Kounotori 2, conhecido também como HTV2, levará à ISS até seis toneladas de material, incluindo mantimentos, água potável e mostras para o centro científico que o Japão mantém na estação espacial.

Até agora, este laboratório estava aberto somente aos 15 países que fazem parte do projeto da ISS, mas o Japão decidiu permitir a participação de outras nações asiáticas de forma gratuita.

Entre a carga que será transportada pelo HTV2 há também sementes de tomate e pimenta para um experimento que o Japão realizará conjuntamente com Malásia, Indonésia, Tailândia e Vietnã.

Após permanecer vários dias na ISS, a nave será carregada com resíduos da estação e empreenderá a viagem de volta para desintegrar-se uma vez que voltar à atmosfera terrestre.

O foguete viajará ao espaço na plataforma de lançamento H-IIB, a maior fabricada até hoje pelo Japão.

Trata-se da segunda missão não-tripulada de abastecimento realizada pelo Japão, que em setembro de 2009 enviou a HTV1 para levar à Estação Espacial Internacional 4,5 toneladas de material como computadores, instrumentos científicos, comida e água.

O Japão desenvolve desde 2003 um intenso programa espacial que, baseado em sua tecnologia avançada, tem enfoque na prospecção planetária e em asteroides.

Em dezembro, o programa da Jaxa sofreu um sério revés quando sua sonda "Akatsuki", a primeira missão do Japão a Vênus, fracassou no intuito de entrar na órbita desse planeta por causa de uma falha técnica.

A Próxima Geração


(NASA / Cienctec) Em Outubro de 2010, o Marshall Space Flight Center da NASA e o White Sands Test Facility trabalhando com o Pratt & Whitney Rocketdyne completou com sucesso uma série de testes relativos a um mecanismo de manobra e pouso para as próximas gerações de módulos de pouso robóticos lunares que poderão ser usados para explorar tanto a superfície da Lua como de outros corpos celestes. O resultado dos testes permitirá que o Robotic Lander Project mova-se adiante com o desenvolvimento dos módulos de pousos robóticos usando essa tecnologia avançada de propulsão.

Nessa imagem, o Divert Attitude Control System é disparado dentro de condições de vácuo para simular a operação em um ambiente espacial. Os testes reproduziram os perfis das missões de pouso e os cenários de operações.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

AEB Participa da Campus Party


(AEB / Brazilian Space) A quarta edição do evento Campus Party no Brasil, considerado o maior acontecimento tecnológico do País, teve início no dia 17, em São Paulo. Até o dia 22 de janeiro várias palestras e exposições acontecerão no evento. A Agência Espacial Brasileira (AEB), patrocinadora da temática Astronomia e Espaço, tem dois de seus funcionários apresentando palestras. No dia dia 19 (quarta), das 17h30 às 18h30, o coordenador da diretoria de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento, Benjamin Galvão, falará sobre satélites e suas aplicações. O diretor de Políticas Espaciais e Investimentos Estratégicos da Agência Espacial Brasileira, Himilcon Carvalho, no dia 21 (sexta), das 21h30 às 22h30 falará sobre o Programa Espacial Brasileiro. O astronauta Marcos Pontes também estará presente no evento e apresentará, no dia 20, palestra com o tema “Novos Horizontes”.

Além das palestras com temática espacial, o evento conta com outras atividades. No palco principal passarão personalidades como o ganhador de uma estatueta do Oscar e do prêmio Nobel da Paz, Al Goore; o cientista britânico criador do worldwideweb, Tim Berners-Lee; um dos responsáveis pela criação dos protocolos Arpanet, que serviram para a criação da internet, Stephen Crocker; o diretor executivo da Linux International, Jon “Maddog” Hall; o diretor gerente da Wikimedia Foundation/Wikipedia, Kul Wadhwa; o co-fundador da Apple Steve Wozniak. O palco principal, ainda terá as presenças do engenheiro americano da Agência Espacial Americana (NASA), Michael Comberiate , do engenheiro brasileiro que presta serviço à agência espacial americana Marco Figueiredo e da brasileira doutora em física Tatiana Rappoport.

A grandiosidade do evento é confirmada pelo tamanho do local que o abriga e a quantidade de público que recebe. O Centro de Exposições Imigrantes está situado em uma área de 50 mil metros quadrados e são 6500 campuseiros vivendo e respirando tecnologia 24 horas por dia.

Para que o espectador não perca um segundo do seu tempo, o evento é dividido em quatro zonas principais: inovação, criatividade, ciência e entretenimento digital.

A parte de ciência está divida entre as temáticas astronomia e espaço, modding e eletrônica e robótica. O entretenimento digital abordará assuntos relativos a games e simulações. A zona de inovação está subdividida em desenvolvimento, segurança e redes e software livre. No quesito criatividade os tópicos serão a social media, o design, foto e vídeo e a música.

Campus Party - Criado em 1997, na Espanha, o Campus Party já virou tradição em outros países como Colômbia e México. Ainda este ano, está previsto novas edições do evento na Venezuela, Equador, Chile e Estados Unidos.

Para mais informações sobre o evento e palestras, acesse o site :




Palestras AEB
Benjamim Galvão
Palestra: "Satélites e Aplicações"
19 de janeiro (quarta) das 17h30 às 18h30

Marcos Pontes
Palestra: “Novos Horizontes”
20 de janeiro (quinta) das 16h às 17h

Himilcon de Castro Carvalho
Palestra: "O Programa Espacial Brasileiro"
21 de janeiro (sexta) das 21h30 às 22h30

Mau tempo adia lançamento de foguete japonês à ISS

O foguete não-tripulado Kounotori 2 levará à estação mantimentos, água e amostras para o centro científico

O foguete não-tripulado Kounotori 2 levará à estação mantimentos, água e amostras

(Efe / Estadão) O lançamento de um foguete japonês com material para a Estação Espacial Internacional (ISS, pela sigla em inglês), previsto para quinta-feira, 20, será adiado em vários dias por causa do mau tempo, informou nesta quarta-feira, 19, a Agência Aeroespacial do Japão (Jaxa).

Em comunicado, a Jaxa assinalou que as previsões apontam tempo "desfavorável" no centro espacial de Tanegashima (sudoeste do Japão) para a hora que fora indicada para o lançamento, às 15h30 de quinta-feira pelo horário local (6h30 de Brasília), o que levou ao adiamento para "não antes de sábado".

O foguete não-tripulado Kounotori 2, conhecido também como HTV2, levará à ISS até seis toneladas de material, incluindo mantimentos, água potável e mostras para o centro científico que o Japão mantém na estação espacial.

Até agora, este laboratório estava aberto somente aos 15 países que fazem parte do projeto da ISS, mas o Japão decidiu permitir a participação de outras nações asiáticas de forma gratuita.

Entre a carga que será transportada pelo HTV2 há também sementes de tomate e pimenta para um experimento que o Japão realizará conjuntamente com Malásia, Indonésia, Tailândia e Vietnã.

Após permanecer vários dias na ISS, a nave será carregada com resíduos da estação e empreenderá a viagem de volta para desintegrar-se uma vez que voltar à atmosfera terrestre.

O foguete viajará ao espaço na plataforma de lançamento H-IIB, a maior fabricada até hoje pelo Japão.

Trata-se da segunda missão não-tripulada de abastecimento realizada pelo Japão, que em setembro de 2009 enviou a HTV1 para levar à Estação Espacial Internacional 4,5 toneladas de material como computadores, instrumentos científicos, comida e água.

O Japão desenvolve desde 2003 um intenso programa espacial que, baseado em sua tecnologia avançada, tem enfoque na prospecção planetária e em asteroides.

Em dezembro, o programa da Jaxa sofreu um sério revés quando sua sonda "Akatsuki", a primeira missão do Japão a Vênus, fracassou no intuito de entrar na órbita desse planeta por causa de uma falha técnica.

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Este é o ano dos foguetões para a ESA

Um quinto do orçamento da agência será gasto na observação do planeta

Jean-Jacques Dordain

(Ciência Hoje - Portugal) 2011 vai ser o ano dos foguetões para a Agência Espacial Europeia (ESA), que vai dispor de três foguetes diferentes, Ariane, Souyouz e Vega, na base de Kourou, na Guiana Francesa.

“Trata-se de uma revolução” para a Europa, um “aumento fantástico da capacidade de acesso ao espaço a partir do Centro Espacial Guianês”, sublinhou o director geral da ESA, Jean-Jacques Dordain. Em conferência de imprensa, o responsável admitiu igualmente que o ano vai também “trazer restrições” às quais a ESA não está habituada “para aprender a gerir a exploração dos três foguetes ao mesmo tempo”.

A nova plataforma de lançamento para o russo Souyouz “deverá ser disponibilizada pela Arianespace em Abril”, com o lançamento, em Agosto, do primeiro satélite do sistema de navegação europeu Galileu através deste foguete. Depois de um industrial alemão ter classificado este sistema como uma “ideia estúpida”, Jean-Jacques Dordain defendeu na mesma conferência que este “é necessário à Europa e ao mundo”.

Por sua vez, o foguete Vega deverá ser capaz de fazer um lançamento em Junho, depois dos testes necessários no final da sua conclusão.

O espaço europeu passará, assim, a deter uma gama completa de foguetões, com o Ariane 5, que pode colocar em órbita cargas de até 9,5 toneladas, o Soyuz (três toneladas) e o Vega (1,5 toneladas em órbita baixa).

Em 2011, com um orçamento de perto de quatro mil milhões de euros, a ESA deverá gastar 844 milhões (21 por cento do total) na observação do planeta Terra. Duas outras grandes fatias orçamentais dizem respeito à navegação (programa Galileu), com 666 milhões de euros, e aos foguetões, com 612 milhões de euros.

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O Projeto Cyclone-4 da Alcântara Cyclone Space e a Crise das Políticas Estratégicas


(Roberto Amaral - ACS / Brazilian Space) O desafio da conquista espacial, se é apaixonante, na mesma medida é espinhoso, porque, entre o sonho indispensável para o fazer e a realidade objetiva, inafastável, não são poucos os obstáculos pontuando nossa caminhada, que exige esforço e exige humildade para enfrentar incompreensões e até mesmo resistências, umas claras, outras dissimuladas, mas ambas difíceis de vencer.

Não posso falar de flores, porque relativamente ao Programa Espacial, no que diz respeito a foguetes e a sítios de lançamento de veículos espaciais, não fomos condecorados com as facilidades que, parece-nos, estão prestigiando outros empreendimentos. Portanto, se não posso falar de grandes sucessos, relatarei muitas dificuldades, pensando estar contribuindo para a tomada de consciência da necessidade de mudar a política espacial brasileira, e, principalmente, sua gestão.

A experiência que recolho do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e a experiência atual que resulta do esforço de constituir a bi-nacional Alcântara Cyclone Space-ACS, levam-me a reflexão pouco animadora quando me deparo com o inventário de óbices (na sua maioria criados dentro da própria estrutura estatal) que enfrentamos nesses três anos e pouco de vida, severina, da ACS. Essa reflexão diz-me que se há um Estado apto a fazer, há outro Estado, olímpico, cuja única tarefa é dificultar o trabalho dos que têm a missão do fazer. Esse Estado, assim esquizofrênico, não é fruto de si mesmo, pois é o resultado de uma série de deformações que remontam à sua própria formação. De um lado, questões de ordem cultural, condizentes com nossa visão atacanhada de país; de outro lado, questões de ordem estrutural, que dizem respeito à fragilidade instrumental do próprio Estado pós neoliberalismo, convenientemente desaparelhado para administrar seus interesses estratégicos. O fato objetivo é que o estado idespreparado para o mister estratégico jaz sem condições de eleger suas prioridades e novos ritos administrativos, a elas adequados. O pano de fundo pode ser um certo viés ideológico, nos dizendo que determinados projetos, curiais entre os desenvolvidos, estão interditados aos países em desenvolvimento ou emergentes. Essa cultura remonta à nossa formação de país e povo, assim, lamentavelmente nessa ordem, com as alienadas classes dirigentes nos impondo uma visão colonizada do mundo. É evidente que sabemos organizar o Carnaval carioca, a queima de fogos de Copacabana no réveillon, talvez tenhamos até -- mas há quem duvide!-- condições para organizar uma Copa do Mundo de futebol e uma Olimpíada. Mas envolver-se com energia nuclear ou com programas espaciais, ah! não, isso não é para nós, que nascemos e fomos criados como exportadores de comodites primárias (do café à soja), alimento em grão e minério in natura.

Daí, pensar em projeto nacional com fundamento em nossas próprias forças, cogitar da possibilidade de desenvolvimento econômico, ansiar pelo progresso, tornar-se mesmo uma potência (a não ser no futebol), ah! isso nos foi sempre interditado. Ainda há os que, mesmo em funções de Estado, não entendem o esforço nacional visando à construção de nossos próprios satélites e nossos próprios foguetes, como há os que não entendem a insistência brasileira em desenvolver seu programa nuclear com tecnologia própria, fabricar seu submarino, fabricar seus aviões.

Pois há, igualmente, os que não compreendem (ou fingem não compreender) que segurança e autonomia estejam no eixo de nossas políticas de defesa nacional.

A Estratégia Nacional de Desenvolvimento, confunde-se com a Estratégia Nacional de Defesa e desse encontro resulta o projeto de independência nacional, assentado no tripé (i) mobilização de recursos físicos, econômicos e humanos, para o investimento no potencial produtivo do país; (ii) "capacitação tecnológica autônoma, inclusive nos estratégicos setores espacial, cibernético1 e nuclear", e (iii) "democratização de oportunidades educativas e econômicas e pelas oportunidades para ampliar a participação popular nos processos decisórios da vida política e econômica do país"2.

E qual é o nosso projeto?
O 'caso' ACS configura-se na convergência de interesses estratégicos de dois países. Como todos sabemos, dispomos, não apenas em Alcântara, mas em todo o Norte e Nordeste brasileiro, da melhor área do Planeta para lançamentos de foguetes. Por duas razões muito simples:

(i) na região de Alcântara (Maranhão), por exemplo, estamos a 2,2 graus e no litoral do Ceará a 3,8 graus ao sul do Equador (Kourou, na Guiana, onde se localiza o centro de lançamentos europeu, a segunda melhor colocação, está 5 graus ao Norte) o que confere, a qualquer objeto na superfície, uma velocidade tangencial elevada, ou seja, um impulso inicial muito favorável aos lançamentos equatoriais, como é o caso dos satélites de comunicação. Isso se traduz em aumento da capacidade de transporte dos lançadores, tornando-os mais competitivos em comparação com lançamentos em latitudes mais elevadas, isto é, mais distantes do equador.

(ii) frente ao nosso litoral, temos ampla e desabitada área marítima, o que é essencial para fins de segurança. Assim, os lançamentos podem percorrer trajetórias mais simples, “planas”, e colocar diretamente satélites em órbita, praticamente sem necessidade de manobras, ao contrário de todos os outros centros de lançamento. Por força disso, pensou-se, pensam alguns visionários, que detemos todas as condições de montar um grande complexo espacial-científico. A ideia inicial era ter ao lado do atual Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), operado pela Força Aérea e destinado ao VLS, mais três sítios de lançamento espacial, capazes de operar com outros veículos, além daqueles já em desenvolvimento pelo programa autônomo. Um deles seria o Cyclone-4, da ACS. E teríamos, como retaguarda desses sítios, e em função deles, um parque de empresas de apoio às atividades espaciais, assim como instituições de ensino e pesquisa de tecnologia pura e de tecnologia de ponta. Ainda como efeito dessa revolução técnica na região, as atividades industriais e de serviços favoreceriam, substancialmente, o desenvolvimento do potencial turístico da região alcantarense e ludovicense.

Lembremo-nos que, em 1980, a concepção do CLA previa a implantação em uma vasta área de 62 mil hectares, dos quais apenas 20 mil seriam propriamente utilizados para fins operacionais (o restante seria para realocação de pessoas, para reservas naturais e para a fixação do parque de apoio industrial). As vastas extensões de terra são um imperativo de segurança, como sói ocorrer nos principais centros de lançamento mundiais. Dentro dessa área operacional do CLA, foi alocada para a ACS uma área de 1.298 hectares e um futuro porto.

Daqui em diante, o ideal começa afastar-se da realidade. Uma entidade do Estado brasileiro, o INCRA, decidiu que, no município de Alcântara, havia um gigantesco território quilombola. Cerca de 90% do território do atual município. Ficaram de fora a pequena sede com sua arquitetura colonial ameaçada pelo desamparo, e a área atualmente ocupada pelo CLA da Aeronáutica. Quais as consequências disso? Primeira: a ACS foi despojada de sua área. Segunda: o CLA, cuja concepção original previa dezenas de milhares de hectares, viu-se reduzido a menos de uma dezena de milhar e perdeu toda e qualquer possibilidade de expansão.

Entre outras muitas questões que poderiam ser tratadas, cito algumas poucas que bem demonstram as dificuldades antepostas aos projetos estratégicos brasileiros. As condições de acesso configuram um caso exemplar. A área do CLA (onde se está instalando a ACS em terreno alugado à Aeronáutica) está encravada no assim chamado território quilombola, de que resulta o acesso às áreas operacionais estar condicionado ao trânsito por esse território, trânsito de pessoas, de equipamentos e de materiais, algumas vezes substâncias perigosas (como, os componentes de propelente, hidrazina e tetróxido) circulando por áreas povoadas. Além disso, o Ministério dos Transportes, que administrava a construção do porto, se esqueceu de alocar a respectiva verba3. Por essa e incrível razão, seremos obrigados, para poder garantir a chegada e desembarque de materiais e equipamentos, a utilizar um atracadouro rudimentar, localizado a mais de 50 quilômetros do sítio da ACS. Para tanto, vimo-nos na contingência de melhorar todo esse caminho. Estamos reconstruindo, com recursos da AEB, a estrada que liga Cujupe a Alcântara.

E o foguete (de 24,5 a 35ton) quando não carregado) virá de Dnepropetrouvsk (Ucrânia) a Alcântara de avião, a um preço hoje estimado de 1.700 mil dólares.

Antes, nosso maior adversário, ao lado de algumas ONGs estrangeiras, era um órgão brasileiro chamado Fundação Palmares (Ministério da Cultura). Munida de argumentos que, em princípio, visariam a defesa das populações remanescentes de quilombos e a preservação de valores culturais, muitos foram os obstáculos apresentados à implantação da ACS. As poucas cem famílias que seriam diretamente afetadas pela implantação do sítio da ACS, mas que viam nisso uma perspectiva de melhoria das condições locais, acabaram sendo mobilizadas para impedir os primeiros estudos de campo. (Refiro-me ao bloqueio de fevereiro de 2008) E como se não bastasse isso, não nos foi permitido permanecer na área antes cedida pelo governo federal. O juiz da 5ª Vara Federal do Maranhão nos deu 24 horas para sairmos dali, da área anteriormente cedida pelo Estado brasileiro, daí a necessidade de nos instalarmos no seio do CLA, o que demandou largos meses de negociações. Ao todo, nessa operação foram consumidos 14 meses, entre o bloqueio de nossa área e a liberação pela justiça e cerca de um ano gastamos em negociações com o Ministério da Defesa, negociações levadas a bom termo, o que nos possibilitou a disponibilidade de uma área, nossa atual área, de 462 ha ( a original era de 1298 ha).

Ainda assim, estamos muito gratos à Força Aérea, pois nos acolheu no pouco espaço que lhe resta. Foi ela que salvou o projeto, mas saímos de uma área em que dispúnhamos de acesso livre para uma área em que o acesso é subordinado a lógicas, normas e regras militares, muitas vezes incompatíveis com projetos industriais. Inclusive agora estamos nos reunindo com os companheiros do CLA, porque, finalmente!, tiveram início as obras e temos de fazer um cadastramento de todos os técnicos, todos os empregados da ACS transferidos e os operários (estimados 1.500 no pique das obras) das empresas contratadas para a construção do sítio, bem como temos de definir sistemáticas de controle que conciliem nossas necessidades de acesso com os ditames de segurança daquele Centro militar.

Quando nos voltamos para a gênese da corrida espacial, vemos quão distintas foram as ações que viabilizaram o sonho, as necessidades e a realização das aspirações estratégicas. A Rússia começou seu programa espacial em 1950, o Brasil em 1961. Chegamos em 1988 com a Rússia lançando veículos reutilizáveis. Os Estados Unidos, que começaram também na mesma década, de há muito operam naves e estações espaciais tripuladas, além de um vasto leque de sondas que exploram o Sistema Solar e o espaço profundo. Os avanços desses países protagonistas, motivados pela Guerra Fria e por suas necessidades econômicas, foram cumulativos e espetaculares. Mas foram somente eles, além de Japão e países Europa, como a França, os únicos atores no cenário espacial?

Há outros programas espaciais que também despertam a atenção. A China, por exemplo, começa em 1956. E em 2003 já levava o homem ao espaço. A Índia já lançou satélites e sondas, o mesmo ocorrendo com Israel. A Coréia, após o insucesso com seu primeiro lançamento em 2010, está na iminência de ser o mais recente país a adentrar no “clube os lançadores”. Até a Coréia do Norte e o Irã estão à nossa frente. Nossa primeira atividade como lançadores de foguete data de 1965. Avançamos com uma família de veículos de sondagem suborbitais. Produzimos e operamos satélites de pequeno e médio portes. Nosso lançador de satélites, no entanto, ainda não vingou, após nada menos de 30 anos de esforços despendidos. Por que isso? Somos incompetentes, ou Deus não gosta dos brasileiros? A resposta é simples: somos o 23º investidor em programa espacial se considerarmos o PIB de cada país. Os recursos alocados para investimento no programa espacial brasileiro não passam de 0,010% do nosso PIB, ou seja, cerca de dez vezes menos que a França, que a Rússia e que a China.

Vejamos nossa situação em face dos BRICs. A Rússia investiu, em 2009, dois bilhões e quatrocentos milhões de dólares estadunidenses em seu programa espacial, e estamos com apenas cento e sessenta e quatro milhões. Ainda é muito pouco, mas temos que reconhecer: os investimentos, que vinham em linha decrescente, foram retomados no início desta década, uma inversão conduzida pelo governo do Presidente Lula. Quando do acidente do VLS, dei entrevista como ministro de Ciência e Tecnologia, afirmando que o projeto de VLS havia sido atingido mortalmente pela dieta de recursos. Fui criticado por todo mundo, inclusive por colegas de governo. Neste texto repito aquela afirmação, agora respaldado em dados irrespondíveis, a saber, o quadro de distribuição dos recursos de 1980 a 2009 (o acidente, como sabemos, foi em 2003) e as conclusões a que chegou a Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados, convocada para apurar as causas do acidente.

Somente no período 1985-1989, os investimentos se concentraram nos três segmentos de atividade - satélites, veículos e centros de lançamento - com uma média anual de 100 milhões de dólares. Daí em diante, penúria! Em 1990 os investimentos caíram para 57 milhões e em 1999 não passaram de 9,9 milhões. Ao todo, o País gastou, de 1980 a 2002 (véspera do lançamento do VLS), apenas US$ 530,2 milhões. Como pensar seriamente em lançar nosso VLS se, a cada ano, o governo reduzia os investimentos? De US$ 27,5 milhões em 1995, caímos para 18,7 em 96, para 11,271 em 97, para 10,408 em 98 e, finalmente, para US$ 3,7 milhões em 2002. Em 1999, o governo havia tido o desplante de só aplicar US$ 1,6 milhão!

Eis o resumo da atenção que estamos dando aos projetos estratégicos. Em 26 anos de desenvolvimento do VLS, que seria o nosso primeiro veículo satelizador, fizemos três tentativas, três insucessos. O esforço terá sido inútil? De certo que não, pois muito se aprendeu e se avançou. Mas o acidente comprometeu o ritmo e lançou dúvidas sobre diversos aspectos do projeto. E como temos reagido? Qual a massa crítica de pesquisadores, engenheiros e técnicos que possuímos para aprender com as falhas, revisar projetos, divisar soluções? Qual o efetivo envolvimento sustentável da indústria que conseguimos realizar? A inanição a que os projetos estratégicos são submetidos leva a esse arrastar de poucos resultados e ao abandono de profissionais e empresas. Veja-se, também, o caso do submarino de propulsão nuclear: estamos há 21 anos desenvolvendo e agora, dependendo de uma cooperação com a França, devemos esperar por mais uma década, pelo menos. Certamente, há que se repensar a forma e a firmeza com que devem ser conduzidos os projetos estratégicos, algo que suplanta os períodos governamentais e requer décadas de investimentos em gerações de profissionais, em entidades de formação e pesquisa, em infraestrutura laboratorial, em parque de indústrias com continuidade de demanda.

O que é encontro do Brasil com a Ucrânia?
A Ucrânia tem um dos melhores foguetes do mundo, mas, por questões geográficas, não dispõe de sítio de lançamento e não pode ter sítio de lançamento, porque não tem como fazer lançamentos sem que seu foguete sobrevoe outros países, descartando-se de seus diversos estágios. A Ucrânia, então, presentemente, é obrigada a lançar seus foguetes dos sítios da Rússia e do Casaquistão, Plesetsk e Baikonur. De nossa parte, temos excelentes áreas (como vimos em linhas passadas) para localização de sítios de lançamentos, mas não temos foguete. Eis o que se chama de encontro de interesses. A ACS é uma empresa de transporte espacial que pode, além de atender aos interesses diretos dos dois países, concorrer, com vantagens, no rico mercado de transporte de satélites mundial.

É óbvia a importância de satélites, mas satélite não é neutro, não é para uso apenas civil, não é apenas para uso meteorológico, é para quase tudo. Inclusive para levantamento de informações estratégicas, para vigiar fronteiras, para vigiar nossos mares e nossas plataformas de petróleo, para orientar movimentação de polícia e de exército, para orientar ações militares e armas teleguiadas, para garantir o funcionamento do novo sistema de controle de tráfego aéreo CNS/ATM.

O Programa Espacial em qualquer parte do mundo é dual, daí a dificuldade de a burocracia compreender o verdadeiro desafio. A questão não se reduz ao uso unicamente comercial de nossos lançadores, mas, sim, que já somos objeto da espionagem satelital. Se não tivermos capacidade de lançar de solo brasileiro, com foguete brasileiro, nossos satélites, sejam eles quais forem, não teremos condições de garantir a soberania do nosso País.

Europa vai construir vela solar-elétrica

A vela solar-elétrica é composta por longos fios metálicos, lembrando um guarda-chuvas sem o tecido. Esses fios são mantidos energizados por um canhão de elétrons.[Imagem: Alexandre Szames]
Vela sem pano
(Inovação Tecnológica) Em 2008, o cientista finlandês Pekka Janhunen apresentou um conceito inovador, que vai além das velas solares.

Janhunen idealizou uma vela solar-elétrica, um conceito inovador de propulsão que usa um canhão de elétrons para aproveitar o vento solar.

Agora, ele finalmente recebeu apoio para testar seu conceito: a União Europeia vai investir €1,7 milhão para construir o primeiro protótipo da vela solar-elétrica.

Ao contrário das velas solares, que possuem um fino tecido reflexivo para receber o impacto do vento solar, a vela solar-elétrica se parece menos com uma vela tradicional por dispensar o "pano".

Ela é composta por longos fios metálicos, lembrando um guarda-chuvas sem o tecido. Esses fios são mantidos energizados por um pequeno canhão de elétrons, a bordo da espaçonave.

É a interação entre esses fios energizados e o vento solar que gera o empuxo para empurrar a espaçonave - o potencial dos fios repele os prótons do vento solar, ganhando impulso a partir desse choque.

Mineração espacial
Segundo os cálculos dos pesquisadores, uma vela solar-elétrica de apenas 100 quilogramas pode produzir um newton de empuxo contínuo.

Em determinadas situações, o desempenho da vela elétrica é de 100 a 1.000 vezes maior do que os foguetes químicos atuais e os motores iônicos.

Os cientistas afirmam que ela pode se tornar a melhor opção para que o homem comece a fazer mineração espacial, retirando recursos minerais de asteroides.

O projeto ESAIL deverá durar três anos e prevê testar o conceito da vela solar-elétrica nos satélites ESTCube-1, da Estônia, e Aalto-1, da Finlândia.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

DILMA Irá a Argentina para Discutir Acordo Espacial

(Brazilian Space) Segundo notícia divulgada hoje pela Agência Brasil a presidente Dilma Rousseff visitará a Argentina no próximo dia 31/01 para discutir parcerias nos setores elétrico, nuclear e espacial.

Vale lembrar leitor que os projetos espaciais atualmente em andamento entre o Brasil e a Argentina são o projeto do "Subsistema de Controle de Atitude e Supervisão de Bordo (ACDH, sigla em inglês)" do satélite Amazônia-1 (está sendo desenvolvido pela empresa argentina INVAP com transferência de tecnologia para o INPE) e o projeto do satélite Sabia-Mar, destinado à observação global dos oceanos e ao monitoramento do Atlântico nas proximidades do Brasil e da Argentina. Esse satélite teve inclusive anunciado o inicio de sua “Fase A” ano passado pelo INPE/CONAE, após quase 13 anos da assinatura do acordo entre essas instituições espaciais. Uma verdadeira novela que não tem prazo para terminar.

Abaixo segue uma suposta concepção artística deste satélite brasileiro/argentino recentemente divulgado na net.

Astronauta sofre acidente de bicicleta e pode ficar de fora do último voo da nave Discovery

Nasa espera que até o dia de lançamento ele esteja recuperado

(R7) O astronauta Tim Kopra da Nasa (agência espacial americana) pode ficar de fora da última viagem do ônibus espacial Discovery, programada para o dia 24 de fevereiro, devido a um acidente de bicicleta.

O acidente aconteceu neste sábado (15), segundo informações da rede de notícias americana CNN, que cita declaração oficial da Nasa com a esperança de que Kopra “vai ficar bem” até a data de lançamento da nave, adiado oito vezes por problemas técnicos. A programação prevê que ele participe de uma caminhada espacial durante a missão.

Os impactos do acidente sobre o estado físico de Kopra ainda estão sendo avaliados.

O astronauta foi selecionado pela Nasa no ano 2000 e participou de outras duas missões espaciais, além de já ter viajado até a Estação Espacial Internacional (ISS), plataforma que fica a cerca de 350 km da Terra e serve para experimentos científicos.

O astronauta Mark Kelly, também da Nasa, ainda não tem a presença confirmada no último voo do ônibus espacial Endeavour, marcado para este ano. Ele é marido da deputada americana Gabrielle Giffords, baleada na cabeça na semana passada, no Arizona. Seu irmão gêmeo, Scott Kelly, também é astronauta e está na ISS.
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Matérias similares no UOL, Público - Portugal, Folha e Estadão

sábado, 15 de janeiro de 2011

Astronauta fala sobre "fragilidade" da atmosfera terrestre

O astronauta italiano Paolo Nespoli concedeu uma entrevista à BBC a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), a 400 quilômetros de distância da Terra.

(BBC / Folha) Nespoli representa a agência espacial européia (ESA) e deve ficar a bordo da ISS até maio. Ele mostrou rapidamente as facilidades dentro da estação e respondeu a perguntas de telespectadores.

Nespoli falou sobre a impressão de fragilidade que sente ao olhar para a fina atmosfera terrestre. "Eu penso que nós precisamos estar atentos e ter cuidado com o que fazemos porque a Terra é frágil. É bonita, mas é frágil."

Quando perguntado sobre a reciclagem de água dentro da estação, o astronauta argumentou que a água que eles usam é supervisionada diariamente e que se trata de água reciclada assim como a que bebemos na Terra.
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Vídeo da entrevista aqui
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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Nasa escolhe astronauta substituto para comandar voo do Endeavour em abril

Veterano será treinado para assumir missão à ISS, caso marido de deputada baleada não possa

Mark Kelly se afastou após a mulher levar tiro na cabeça

(New York Times / Estadão) O astronauta veterano Rick Sturckow será treinado para assumir o comando do ônibus espacial Endeavour na próxima missão, marcada para 19 de abril, caso o atual líder, Mark Kelly, continue afastado para cuidar da mulher, a deputada democrata Gabrielle Giffords, baleada na cabeça durante um tiroteio no Arizona no último sábado, 8.

Em comunicado divulgado pelo porta-voz da Nasa, Alan Brown, Kelly diz: "Recomendei à direção que tome medidas imediatas para se preparar para completar a missão durante a minha ausência, se necessário. Estou muito esperançoso de que estarei em condições de voltar para junto de meus tripulantes na missão STS-134 e terminar nosso treinamento".

O alto escalão da Nasa deixou claro que o anúncio não significa necessariamente que Kelly será substituído no voo do Endeavour à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Scott, irmão de Kelly, também está na ISS.

"Mark ainda é o comandante da STS-134", disse Peggy Whitson, chefe do Escritório de Astronautas. "Ele está enfrentando muitas incertezas agora, ao dar apoio para Gabrielle, e nosso objetivo é permitir que ele mantenha sua atenção na família, sem distrações, enquanto acertamos os preparativos para o progresso dessa missão."

Gabrielle foi baleada na cabeça à queima-roupa em um encontro ao ar livre com cidadãos de sua cidade natal, e permanece em estado crítico. No entanto, ela fez um progresso significativo na última quinta-feira, ao abrir os olhos e sentar-se na cama, deixando os médicos otimistas sobre sua recuperação.

A missão do Endeavour, inicialmente prevista para o início de abril, foi adiada por causa de atrasos do voo do ônibus espacial Discovery, agora previsto para o dia 24 de fevereiro. A Nasa precisa de um tempo extra para preparar o lançamento do Endeavour, além de verificar se ele tem o mesmo problema que atormenta o Discovery - rachaduras no tanque de combustível externo.

A tripulação de seis membros vai voar por 14 dias rumo à ISS para levar peças de reposição e o Espectrômetro Alfa Magnético (AMS, sigla em inglês), um experimento físico de US$ 1 bilhão (R$ 1,68 bilhão) projetado para pesquisar a matéria escura no Universo.

Essa será a última missão do Endeavour antes de ele se aposentar. Dependendo se o Congresso liberar dinheiro suficiente para a última partida do Atlantis, em junho, esse poderá ser o voo final do programa de ônibus espaciais americano.

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