terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Satélite europeu que vai estudar as nuvens está a ser repensado


(Público - Portugal) O projecto do satélite europeu que vai estudar as nuvens está a ser repensado. Os estados-membros da Agência Espacial Europeia pediram aos cientistas da ESA para pensarem numa alternativa para que o projecto não seja tão caro.

Um dos instrumentos do satélite Earthcare aumentou de custo e fez com que o preço da aventura subisse de 450 milhões para 590 milhões de euros. A máquina foi desenhada para compreender a formação e evolução das nuvens e dos aerossóis. O objectivo é compreender que importância têm nas alterações climáticas.

“Os membros da Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês) pediram-nos para reunir todos os prós e contras numa revisão formal”, disse o director do departamento de observação terrestre da ESA à BBC News, Volker Liebig.

“Eles querem conversar com os cientistas, perceber se existe uma alternativa que dê os mesmos resultados científicos. Vamos depois mostrar as conclusões dessa revisão aos estados-membros para que decidam o que fazer”, disse.

O satélite Earthcare faz parte de uma série de naves projectadas pela ESA para estudar a Terra. Três missões já estão no espaço para obter informação sobre a cobertura dos gelos, a humidade do solo e a salinidade dos oceanos.

Um dos instrumentos necessários para o Earthcare fazer o seu trabalho iria lançar pulsos de luz ultra-violeta para a atmosfera. A partir do comportamento da luz que iria reflectir na atmosfera e voltar para o instrumento, os cientistas conseguiriam tirar informação acerca da posição das nuvens e dos aerossóis e conseguiriam calcular que efeito é que tinham na equação energética do globo.

Mas o laser necessário para este processo necessita de ser mais complexo do que o necessário e aumentou o preço do projecto. Um terço dos 140 milhões de euros de aumento do custo deve-se ao satélite final ser mais pesado e requerer um foguetão maior para o lançar.

Segundo a BBC News o lançamento só acontecerá para lá de 2016, dois anos depois do esperado.

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