quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Pôr do Sol da ISS


(UOL) O engenheiro de voo da Missão 42 da ISS (Estação Espacial Internacional) Terry W. Virts tirou essa foto do Golfo do México e da costa dos Estados Unidos durante o pôr do sol e postou em uma das suas redes sociais no dia 14 de dezembro de 2014. A imagem foi divulgada nesta terça-feira (16) pela Nasa. A tripulação da ISS orbitam a uma altitude de 354 km. A ISS completa uma volta ao redor do globo em cerca de 90 minutos, por isso a tripulação pode observar 16 nascer e pôr do sol a cada dia.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Projeto do Google faz parceria com agência espacial francesa


(Info/Exame) O Google firmou uma parceria com a agência espacial francesa CNES para a concretização do Projeto Loon, plano da empresa de tecnologia para levar internet até regiões isoladas do planeta por meio de uma frota de balões com antenas.

A CNES foi escolhida por ter um dos maiores programas de balões estratosféricos do mundo, atrás apenas da NASA.

Com 60 cientistas dedicados exclusivamente à área, a CNES trabalha na pesquisa da estratosfera com balões de alta altitude há cerca de 50 anos.

De acordo com os termos da parceria, a CNES irá contribuir na análise das informações de voo dos balões do Loon, além de auxiliar no desenvolvimento de novos aparelhos.

Em contrapartida, o Google irá auxiliar, com os balões do projeto, a CNES na pesquisa do buraco da camada de ozônio na Antártica.

No início do mês, o Google anunciou que que os balões do projeto estão ficando no ar mais tempo do que os próprios integrantes do grupo imaginavam: alguns deles ficam mais de 100 dias na estratosfera terrestre.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Veja o que os astronautas enxergam na reentrada atmosférica


(Hypescience) A reentrada atmosférica da cápsula da Soyuz é assustadora, barulhenta e trepidante. Os astronautas dependem de um pára-quedas gigante que é ativado automaticamente. É basicamente uma montanha russa. O trocadilho não foi intencional.

No vídeo abaixo você vê uma colagem das imagens feitas pelo astronauta Mike Hopkins da Nasa (da expedição 37/38 que retornou em março) e um vídeo da Esa.
----
Matéria com vídeo e imagens aqui

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O Espaço e a Soberania

(Brasil 247 / Brazilian Space) Depois de dois fracassos em outubro – a explosão do cargueiro espacial Antares que se dirigia à Estação Espacial Internacional, durante a decolagem, e a queda do Spaceship Two, da Virgen Galactics, em voo de teste que deixou um morto - os EUA lançaram, com êxito, na última sexta-feira, a primeira versão de sua nova espaçonave Orion, que, segundo informado, poderia levar um dia uma tripulação humana a Marte.

No domingo foi à vez do Brasil superar o acidente com o satélite CBERS-3, ocorrido em dezembro do ano passado, quando do seu lançamento por um foguete Longa Marcha, com o sucesso da colocação em órbita do satélite CBERS-4, que já está funcionando.

Mais novo satélite de uma parceria entre o Brasil e a China que começou no final da década de 1980, o CBERS-4 teve 50% de seus componentes fabricados no Brasil, entre eles, duas das quatro câmeras, fabricadas pelas empresas Opto Eletrônica e Equatorial: a Multiespectral Regular (MUX), de média resolução; e a de Campo Largo (WFI), de baixa resolução, que se somaram às câmeras chinesas Pancromática e Multiespectral (PAN), de alta resolução; e a Multiespectral e Termal (IRS), também de média resolução e infravermelha, além do gravador de dados digitais, da estrutura do satélite, do sistema de fornecimento de energia e do sistema de coleta de dados ambientais.

Além dos feitos com a China, o Brasil constrói seus próprios satélites, como o Amazônia-1, está montando um novo satélite de defesa e comunicações, e outro, com a Argentina, voltado para estudos oceanográficos.

A conquista do espaço é uma questão de soberania. Desde 2010, quando aposentaram seus táxis espaciais, os Estados Unidos, por exemplo, têm dependido, vergonhosamente, de naves de um país que consideram seu arqui-inimigo, a Rússia, para colocar seus astronautas na órbita terrestre, na Estação Espacial Internacional.

Com o lançamento bem sucedido do CBERS-4, com a China, e o desenvolvimento e fabricação de metade dos sofisticados sistemas que ele leva a bordo, o Brasil dá um passo gigantesco no domínio da construção de satélites de monitoramento remoto da superfície terrestre, capacitando-se para a construção local de engenhos semelhantes, voltados para a vigilância de nosso solo e a defesa de nossas fronteiras.

Mas é preciso fazer mais. Urge aumentar a cooperação, nesse campo, com os países do BRICS, como a Índia, que acaba de mandar uma sonda espacial a Marte, a Rússia e a própria China. Devemos modernizar as bases de lançamento de Alcântara, no Maranhão, e de Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte, e revitalizar a AEB – Agência Espacial Brasileira, e o INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

E precisamos, também, dar prosseguimento ao projeto do novo VLS – Veículo Lançador de Satélites (as redes elétricas e os sistemas de navegação deverão ser testados no segundo semestre de 2015) e dos VLS-Alfa e VLS-Beta, seus sucessores.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Por Que o CBERS-4 é Um Sucesso?

(José Monserrat Filho - Panorama Espacial / Brazilian Space) O lançamento bem sucedido do CBERS-4 é um fato que transcende o êxito tecnológico da parceria entre Brasil e China, iniciada ainda nos anos 80. Naquela época, os dois países em desenvolvimento não encontraram nenhum país desenvolvido para realizar um trabalho conjunto de tal monta.

O novo satélite sino-brasileiro de recursos naturais da Terra – o quinto da série – foi lançado com absoluta precisão pelo foguete chinês Longa Marcha 4B, do Centro Espacial de Taiyuan, no Sul da China, às 11h26 da manhã de domingo, 7 de dezembro (01h26 pela hora do Brasil), e alcançou sua órbita a 742,5 km da superfície do planeta. E logo começou a produzir suas primeiras imagens, vistas já no dia seguinte. Sua inclinação em relação à Terra é de 98,6 graus, como previsto. E sua vida útil está estimada em três anos.

Antes do CBERS-4, foram lançados com sucesso o CBERS-1, em 1999, o CBERS-2, em 2003, e o CBERS-2B, em 2007. A subida do CBERS-4, inicialmente programada para dezembro de 2015, foi antecipada em nada menos do que um ano para substituir o CBERS-3, cujo lançamento falhou em dezembro de 2013. Antecipar em um ano o lançamento do CBERS-4 significou na prática o desafio de estreitar os cronogramas, reduzir os prazos, aumentar a vigilância em todos os detalhes, aprofundar o rigor nos testes, e redobrar o trabalho normalmente executado para montar, integrar e preparar um satélite. O esforço foi feito com total empenho e competência. O resultado comprova o alto nível e a dedicação das equipes técnicas do Brasil e da China.

Satélites como o CBERS-4 são ferramentas poderosas e indispensáveis para monitorar o território de países de extensão continental, como Brasil e China. As imagens obtidas permitem vasta gama de aplicações – desde os mapas das queimadas, do desflorestamento da Amazônia e da expansão nem agrícola nem sempre legal, até estudos de desenvolvimento das cidades, estradas, dos rios, dos recursos hídricos.

O Programa CBERS, desde o início, levou à criação e ao desenvolvimento do parque industrial brasileiro na área espacial. Nossas empresas espaciais surgiram, se qualificaram e continuam se modernizando para atender às demandas da parceria sino-brasileira, e de outro projetos que agora despontam. Nossa política industrial estimula a qualificação de fornecedores e a contratação de serviços, bem como a construção de componentes, partes, equipamentos e subsistemas junto a empresas nacionais, o que exige mais e mais especialistas, engenheiros e técnicos.

Graças à política de acesso livre aos dados de satélites, iniciativa pioneira em boa hora adotada pelo Brasil, as imagens do CBERS são e seguirão sendo distribuídas gratuitamente a qualquer usuário pela Internet. Isso veio popularizar as atividades de sensoriamento remoto e fez crescer o mercado de geo informação no país. Essa política também favorece países da América Latina e da África.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) distribui cerca de 700 imagens por dia a mais de 70 mil usuários e suas instituições que trabalham com o meio ambiente, e ajudam a semear a almejada e imprescindível responsabilidade ambiental, um clamor do nosso século.

O CBERS-4 tem sofisticado conjunto de câmeras, com desempenhos geométricos e radiométricos aperfeiçoados em relação aos CBERS anteriores. São quatro câmeras: Imageador de Amplo Campo de Visada (WFI), Imageador de Média Resolução (MUX), Imageador Infravermelho (IRS) e Imageador de Alta Resolução (PAN).

Fruto de brilhante inovação, MUX é a primeira câmera para satélite inteiramente projetada e produzida no Brasil. Com 20 metros de resolução e multi espectral, ela registra imagens no azul, verde, vermelho e infravermelho, em faixas distintas. Suas bandas espectrais têm funções bem calibradas para serem usadas em diferentes aplicações, sobretudo no controle de recursos hídricos e florestais. “Uma imagem é gerada em apenas cinco minutos para uma base solicitante, como a de Cachoeira Paulista (SP), por exemplo”, informou João Vianei Soares, do INPE, responsáveis pelas aplicações do satélite. O CBERS-4, portanto, contém avanços tecnológicos importantes alcançados por equipes brasileiras.

Com duas toneladas de peso e equipado com quatro câmaras o CBERS-4 dará 14 voltas no planeta por dia, em órbita polar. Em baixa resolução, ele produz imagens de toda superfície em cinco dias; em média resolução esse tempo é de 26 dias; e em alta resolução, de 52 dias.

A ponta do iceberg – Mas o sucesso do CBERS-4 é apenas a ponta de um grande e crescente iceberg – as relações mutuamente benéficas entre o Brasil e a China nas mais diversas e relevantes áreas. Basta ver o tamanho da agenda atual de programas e projetos que hoje mobilizam os dois países, sem falar no Plano Decenal de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação, e no Plano Decenal de Cooperação Espacial – com itens já em andamento.

Cabe lembrar que, desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimentos diretos no país. Em 2012, por exemplo, o comércio bilateral registrou US$ 75,4 bilhões: o Brasil exportou para a China US$ 41,2 bilhões e importou daquele país US$ 34,2 bilhões, obtendo, como resultado, um superavit de US$ 6,9 bilhões..

A III Reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), principal mecanismo da cooperação entre os dois países, realizou-se em Cantão, na China, em novembro de 2013, presidida pelo Vice-Presidente do Brasil e pelo Vice-Primeiro-Ministro do Conselho de Estado da China. As primeiras Reuniões da COSBAN foram realizadas em 2006, em Pequim, e em 2012, em Brasília. Criada em maio de 2004, a COSBAN tem onze Subcomissões, que cobrem todo o universo das relações bilaterais. São elas: Econômico-Financeira; de Inspeção e Quarentena; Educacional; Política; de Cooperação Espacial; Econômico-Comercial; de Agricultura; Cultural; de Ciência e Tecnologia; de Energia e Mineração; e de Indústria e Tecnologia da Informação. Conta também com Grupos de Trabalho sobre temas específicos, como investimentos; propriedade intelectual; questões aduaneiras; esportes, entre outros.

Como resultado do trabalho de algumas dessas Subcomissões, os Centros Brasil-China de Nanotecnologia e de Mudanças Climáticas e Tecnologias Inovadoras para Energia já estão em funcionamento e procuram promover os seus planos e projetos.

O navio hidroceanográfico Vital de Oliveira, peça fundamental do projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (INPOH), está sendo construído no estaleiro de Xinhui, na China, e deve ser entregue em 2015.

O 2º Diálogo de Alto Nível Brasil–China sobre Ciência, Tecnologia e Inovação deverá ser realizado em Brasília, no primeiro semestre de 2015. De sua agenda já constam questões da área espacial, a presença de empresas chinesas no Brasil, como a Baidu e a Huawei, acordos entre universidades dos dois países e o programa “Ciência Sem Fronteiras”. A Academia de Ciências da China (CAS) participará do evento, o que certamente abrirá novas perspectivas de cooperação.

O 1º Diálogo teve lugar em Pequim, em 2011, e abordou parcerias em agricultura, energias renováveis, nanotecnologia, segurança alimentar e tecnologias da informação. Atualmente, há apenas 253 estudantes brasileiros na China, que frequentam cursos ministrados em inglês. A meta comum é aumentar esse número e intensificar a mobilidade acadêmica daqui para lá e de lá para cá.

Vale ainda acrescentar que Brasil e China estão juntos no fórum BRICS, ao lado da Rússia, Índia e África do Sul. Na Conferência de Cúpula do BRICS, realizada no Brasil (em Fortaleza), em julho de 2014, foram assinados os acordos que estabeleceram o Arranjo Contingente de Reservas (CRA, na sigla em inglês) e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB).

Os dois mecanismos, como escreveu Paulo Nogueira Batista Jr. (O Globo, 12/12/2014), “podem inclusive cooperar” com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, “mas foram concebidos para serem autoadministrados e atuarem de forma independente”. Ainda segundo Paulo Nogueira, o CRA e o NDB são a primeira “alternativa potencial” ao FMI e ao Banco Mundial, “dominadas pelas potências tradicionais – os EUA e a União Europeia”.

Bilateralmente ou em grupo, no espaço ou na Terra, China e Brasil estão fazendo história, capaz de dar novo rumo à crise que o mundo vive hoje.
----
E mais:
Brasil de volta ao espaço (Ciência Hoje)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

“Eu Também Sonho em Voltar Para o Espaço”


(Brazilian Space) O primeiro e único astronauta brasileiro, Marcos Pontes, esteve em Natal na última sexta-feira (13) para participar da Jornada Espacial. Na ocasião, ele também ministrou uma palestra para alunos da Escola Antônio Dantas, de Apodi, onde é mantido um grupo de estudo de astronomia e astronáutica.

Sete anos após viajar para o espaço ao lado dos russo, com a missão Centenário, Pontes revela que hoje, aos 50 anos, sua intenção é fomentar a formação de novos astronautas brasileiros, através de uma espécie de “agenda oculta” que ele desenvolve à revelia da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Com o turismo espacial sendo uma realidade cada vez mais próxima, talvez até em 2014, e também com a expectativa de ser chamado para uma nova missão, o astronauta brasileiro admite que a hipótese de retornar ao espaço ainda mexe com ele. “Eu também sonho em voltar para o espaço”, disse.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Imagens captadas pelo Cbers-4 serão disponibilizadas na internet em março

Material gerado pelo satélite será usado no monitoramento florestal. Equipamento produzido em parceria com a China foi lançado neste mês.


(G1) As imagens produzidas pelo satélite sino-brasileiro Cbers-4, lançado neste mês ao espaço, serão disponibilizadas gratuitamente no site do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) a partir de março de 2015. O material gerado pelo equipamento poderá ser utilizadas para mapeamento geográfico e dos setores agrícolas e florestal do país.

O satélite fornecerá, nos pelo menos três anos de vida útil, 200 imagens por ano da cobertura da região Amazônica.

O material vai auxiliar no controle da taxa de desmatamento, da cobertura vegetal e de queimadas. “Com a geotecnologia será possível ainda fazer com mais eficiência e rapidez o planejamento físico de cada um dos cinco mil municípios brasileiros”, explicou o diretor do Inpe, Leonel Perondi, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (19) no Inpe, em São José dos Campos (SP). O órgão foi o fabricante nacional do satélite, lançado a partir de uma base na China no último dia 7.

Duas das quatro câmeras instaladas no satélite são de fabricação nacional. A coordenadora do setor de Observação da Terra, Leila Fonseca, explicou a função dos modelos usados no Cbers-4.

“A [modelo] WFI tem 64 metros de resolução, traz menos detalhes, mas as imagens são geradas a cada cinco dias do mesmo lugar, serve para o monitoramento de desmatamento e de safras, por exemplo. Já a [modelo] MUX tem 20 metros de resolução, pode enviar imagens do mesmo lugar com mais detalhes em 26 dias”, esclareceu a coordenadora.

O Cbers tem capacidade de 15 minutos de gravação por dia e viaja a uma velocidade de 4,2 Km por segundo.

Novos projetos
Comemorando o sucesso do Cbers-4, o Inpe já planeja a construção de um novo satélite que deve ter um custo inferior - o projeto, batizado de Cbers-4A deve ser concluído nos próximos quatro anos.

A intenção do Inpe é dar continuidade ao programa, por meio do lançamento de novos satélites. “Queremos fabricar novos equipamentos, um satélite da mesma classe dos Cbers 3 e 4, mas com o custo inferior a curto prazo”, explicou Perondi.

O desenvolvimento do Cbers-4, lançado no espaço há duas semanas, custou ao Brasil R$ 160 milhões. Metade dos investimentos foi feito pelo governo chinês que também é responsável por 50% da tecnologia aplicada no satélite.

O programa de cooperação entre os dois países na área espacial existe há 26 anos e deve ser ampliada por mais 10 anos. De acordo com o Ministério de Ciência e Tecnologia, a negociação com a China para a construção dos Cbers-4A, Cbers-5 e Cbers-6 deve ser formalizada no primeiro semestre de 2015.

“No exterior este equipamento [satélite] já custa menos. Nosso objetivo é trazer ao Brasil autonomia técnica, desenvolver a capacidade industrial brasileira e levar retorno social que é aprendizagem, a geração de empregos mais bem remunerados com a produção de produtos com maior valor agregado”, afirmou o diretor do Inpe.

Investimentos
Para o empresário Célio Costa Vaz, faltam investimentos governamentais na indústria aeroespacial. “Não vemos em Brasília vontade política para o desenvolvimento industrial neste setor”, afirmou. A empresa deles é uma das que participou da fabricação do Cbers-4.

Perondi quer que o Inpe desenvolva uma família de satélites em 10 anos. “Já há um projeto para servir a Defesa Nacional, o Ministério do Meio Ambiente para 2015, com três satélites .Queremos que pelo menos um seja 100% nacional”, disse.

O desenvolvimento de um sistema espacial 100% brasileiro será concretizado no satélite Amazônia 1, previsto para ser lançado em 2015. “Estamos concluindo um ciclo, a ponto de fabricar um produto totalmente nacional. Falta ainda a capacidade de colocar o equipamento em órbita”, afirmou Perondi.

Orion completa etapa final da sua missão, agora por terra


(UOL) Após viajar mais de 5.700 km acima da Terra, a espaçonave Orion, da Nasa (agência espacial americana), completou por terra a etapa final da sua viagem, nesta quinta-feira (18), chegando ao Centro Espacial Kennedy na Flórida, nos Estados Unidos. A Orion foi transportada da base naval de San Diego até o centro espacial, percorrendo quase 4.350 km.

A próxima fase da missão será fazer uma análise aprofundada dos dados obtidos durante a viagem da cápsula Orion ao espaço, que irá oferecer aos engenheiros informações detalhadas de como a espaçonave se saiu durante o seu voo de teste em órbita, que durou 4 horas e meia, concluído no último dia 5.

"O voo de teste da Orion foi um passo crucial na nossa jornada para enviar astronautas para destinos no espaço profundo. A Orion nos ajudará a validar os nossos modelos de computador e avaliações feitas em terra. Essas informações nos ajudarão a melhorar o projeto da Orion", afirmou Bill Hill, o vice-administrador associado para o desenvolvimento de sistemas de exploração da Nasa.

Os dados foram reunidos em tempo real durante o voo-teste e outros foram recolhidas durante a chegada da cápsula à terra. "O voo foi um grande sucesso, mas esse é apenas o início da história. Agora, vamos aprofundar nossa análise e descobrir se nosso projeto teve a performance imaginada. Demonstramos em 5 de dezembro que a é um veículo muito capaz. Vamos continuar testando e melhorando a cápsula para construir a próxima Orion", disse o gerente do Programa Orion, Mark Geyer.

Uma inspeção inicial do módulo da tripulação revelou sinais de alguns impactos de resíduos orbitais, como micrometeoritos nas laterais do Orion, algo que já estava previsto pelos cientistas. Com a nave de volta para o Kennedy Center, onde foi montada e preparada para o lançamento, os engenheiros serão capazes de remover o escudo que reveste a Orion e realizar inspeções no cabeamento, sistema de propulsão e caixas-pretas.

Amostras de blindagem de calor já foram removidas e enviadas para um laboratório onde sua espessura, força e resistência serão examinadas. As informações serão usadas para fazer melhorias de design na Orion, antes de seu próximo voo, a Exploração Mission-1, que será lançada sem tripulação do novo sistema de lançamento espacial da Nasa, e, pela primeira vez, entrará na grande órbita ao redor da lua.

Rússia e Índia escolhem projetos para cooperação no espaço


(Voz da Rússia) Os líderes da Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO, na sigla em inglês) e da Agência Espacial Federal Russa irão realizar uma série de reuniões para identificar áreas promissoras de cooperação bilateral, declarou em uma entrevista exclusiva com a Tass o chefe do ISRO, Koppillil Radhakrishnan.

"Estamos discutindo com a Roscosmos os domínios de cooperação nesta área. Planejamos manter, em breve, uma reunião em Nova Deli para determinar quais serão os projetos que realizaremos juntos", afirmou ele.

A cooperação no domínio do espaço tornou-se um dos principais temas da reunião de novembro da comissão intergovernamental russo-indiana para a cooperação econômica, técnico-científica e cultural.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Cosmonauta russo e astronauta americano vão passar um ano na ISS

Eles estudarão efeitos de permanência prolongada no espaço. Partida para a Estação Espacial Internacional (ISS) será em março.



(France Presse/G1) Dois veteranos do espaço, o astronauta russo Scott Kelly e o cosmonauta russo Mikhail Kornienko, apresentaram nesta quinta-feira, em Paris, a missão científica que os levará em março à Estação Espacial Internacional (ISS) durante um ano para estudar os efeitos de uma permanência prolongada no espaço.

A missão de Kelly e Kornienko, feita em conjunto pela Rússia e os Estados Unidos, apesar das tensões diplomáticas, será a permanência mais longa de um ser humano na ISS desde a chegada do primeiro astronauta no ano 2000.

No entanto, o recorde absoluto continua sendo do russo Valeri Poliakov, que passou mais de 14 meses seguidos na estação espacial Mir, em 1995.

"Gosto de desafios", disse Scott Kelly, de 50 anos, durante coletiva de imprensa na sede da Unesco, em Paris, ao lado de Kornienko, de 54 anos.

Ao final da missão, se tudo correr bem, Kelly se tornará o americano com mais tempo no espaço. O astronauta americano, que já ficou seis meses seguidos no espaço, considerou "interessante" passar "o dobro do tempo".

As missões de longa duração representam "um desafio" em nível médico, pois podem provocar atrofia muscular, perda de massa óssea e problemas de visão, assim como um impacto no sistema imunológico e consequências no corpo devido às radiações, afirmou.

"Se chegar o dia em que serão necessários três anos para viajar a Marte, será preciso entender o que vai acontecer com o nosso corpo", afirmou. Os americanos planejam fazer uma primeira viagem ao planeta vermelho por volta de 2030, graças à nova base espacial Orion, que está em fase de teste.

Mikhail Kornienko, por sua vez, pensa que a viagem a Marte poderia, inclusive, ocorrer antes. "Sou otimista", disse o cosmonauta russo, que defendeu "unir" esforços. "Não deve ser um país só. Temos que chegar juntos", acrescentou.
----
Matéria similar no UOL

Lançamento da SpaceX rumo à ISS é adiada para 6 de janeiro

Missão de abastecimento era prevista para esta sexta-feira. Tempo permitirá análise de anomalias registradas em testes de foguete.



(France Presse/G1) O lançamento da cápsula Dragon, da empresa americana SpaceX, em sua quinta missão de abastecimento à Estação Espacial Internacional (ISS), foi adiado para 6 de janeiro, no mais tardar, anunciaram nesta quinta-feira (18) a SpaceX e a Nasa.

A viagem estava prevista para a sexta-feira (19), mas o adiamento permitirá aos engenheiros da empresa analisar com mais calma anomalias registradas durante testes feitos na terça-feira no foguete Falcon 9, destacou o comunicado.

Logo após o lançamento, a empresa aeroespacial privada tentará fazer seu primeiro pouso de precisão. A ideia é pousar o foguete, que leva a cápsula, em uma plataforma de 10 metros no oceano Atlântico.

Há dois anos, a SpaceX trabalha no desenvolvimento de tecnologias que permitam recuperar o primeiro estágio de seus foguetes para reduzir significativamente os custos dos lançamentos. Até agora, conseguiu pousar suavemente o Falcon em setembro de 2013 e duas vezes este ano, mas fazê-lo sobre uma plataforma flutuante é um desafio maior.

Se for confirmado, o lançamento de 6 de janeiro será realizado às 11h18 GMT (09h18 de Brasília), de Cabo Cañaveral. A nave levará à ISS 1,6 tonelada de material, suprimentos e experimentos científicos.
----
Matérias similares na Exame e UOL

Viagem espacial é mais segura do que se esperava



Riscos da radiação cósmica
(Inovação Tecnológica) Há cerca de 10 anos uma equipe da ESA (Agência Espacial Europeia) vem usando manequins especiais para estudar os efeitos da radiação cósmica sobre a saúde dos astronautas.

Foram divulgados agora os resultados das medições de longo prazo desse projeto, chamado Matroshka, que usou manequins colocados do lado de dentro e de fora da Estação Espacial Internacional. Cada manequim era dotado de milhares de sensores capazes de detectar partículas de várias energias.

E os resultados foram animadores: parece que os efeitos da radiação cósmica no espaço não são tão severos como se imaginava.

"Pode-se dizer que nós descobrimos que o espaço aberto é um pouco menos hostil para os humanos do que o esperado. As doses efetivas, relacionadas ao risco à saúde dos astronautas e calculadas a partir das medições dos nossos sensores foram menores do que as indicadas pelos dosímetros usados pelos astronautas," disse o Dr. Pawel Bilski, do Instituto de Física Nuclear da Polônia, onde foi construída a maior parte dos sensores usados no projeto Matroshka.



Dose efetiva de radiação
Os mais de 3.000 sensores instalados ao longo de todo o manequim permitiram determinar com precisão a distribuição espacial da radiação dentro do corpo humano, avaliando as doses absorvidas por cada órgão e, finalmente, a chamada dose efetiva, usada para estimar o risco que a radiação cósmica impõe sobre a saúde humana.

A conclusão geral do estudo é que os dosímetros individuais incorporados nas roupas dos astronautas no interior da Estação Espacial Internacional superestimam a dose real de radiação em cerca de 15%. Entretanto, no espaço aberto - durante as caminhadas espaciais, por exemplo - a superestimativa chega a 200%.

A equipe concluiu que viagens à Lua e mesmo a Marte serão mais seguras para os astronautas em termos de riscos impostos pela radiação cósmica do que se presumia. Mas é importante salientar que, mesmo sendo mais baixas do que se pensava anteriormente, essas doses continuam sendo perigosamente elevadas.

"Nós precisamos lembrar que as medições dentro do experimento Matroshka foram feitas na órbita baixa da Terra, onde a magnetosfera terrestre reduz significativamente o número de partículas carregadas da radiação cósmica. No espaço interplanetário não existe esse escudo," acrescentou o Dr. Bilski.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

SpaceX tentará pouso preciso de foguete Falcon no Atlântico

(AFP/Yahoo) A empresa americana SpaceX tentará pousar, nesta sexta-feira, seu foguete Falcon 9 sobre uma plataforma no Atlântico, após o lançamento de sua cápsula, Dragon, rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), para onde levará suprimentos.

"Em seu próximo voo, a SpaceX tentará pela primeira vez realizar um pouso preciso de dez metros da primeira etapa do Falcon 9 sobre uma plataforma que fica 322 Km a nordeste de Cabo Cañaveral (na Flórida, sudeste dos EUA)", informou a empresa em um comunicado.

A SpaceX, que trabalha há dois anos no desenvolvimento de tecnologias que permitam recuperar o primeiro estágio dos seus foguetes para reduzir significativamente os custos dos lançamentos, há conseguiu pousar suavemente o Falcon em setembro de 2013 e duas vezes este ano.

Para conseguir um pouso preciso sobre uma plataforma flutuante no oceano é "muito mais difícil", explicou a empresa.

"Controlar o primeiro estágio do Falcon, que mede mais ou menos o equivalente a um prédio de 14 andares e avança a 2.092 km por segundo (...), é como tentar dominar o cabo de uma vassoura segurando uma extremidade durante uma tempestade", comparou.

Será o primeiro de uma série de testes similares que permitirão preparar um primeiro estágio do Falcon 9 totalmente reutilizável.

Nesta sexta-feira, o Falcon 9 levará ao espaço a cápsula Dragon, que levará 1,6 toneladas de materiais, suprimentos e experimentos científicos para a ISS.

O lançamento está previsto para as 18H22 GMT (16H22 de Brasília) de Cabo Cañaveral, com 70% de possibilidades de que as condições climáticas sejam favoráveis.
----
Matéria similar no UOL