Jean-Jacques Dordain
(Ciência Hoje - Portugal) 2011 vai ser o ano dos foguetões para a Agência Espacial Europeia (ESA), que vai dispor de três foguetes diferentes, Ariane, Souyouz e Vega, na base de Kourou, na Guiana Francesa.
“Trata-se de uma revolução” para a Europa, um “aumento fantástico da capacidade de acesso ao espaço a partir do Centro Espacial Guianês”, sublinhou o director geral da ESA, Jean-Jacques Dordain. Em conferência de imprensa, o responsável admitiu igualmente que o ano vai também “trazer restrições” às quais a ESA não está habituada “para aprender a gerir a exploração dos três foguetes ao mesmo tempo”.
A nova plataforma de lançamento para o russo Souyouz “deverá ser disponibilizada pela Arianespace em Abril”, com o lançamento, em Agosto, do primeiro satélite do sistema de navegação europeu Galileu através deste foguete. Depois de um industrial alemão ter classificado este sistema como uma “ideia estúpida”, Jean-Jacques Dordain defendeu na mesma conferência que este “é necessário à Europa e ao mundo”.
Por sua vez, o foguete Vega deverá ser capaz de fazer um lançamento em Junho, depois dos testes necessários no final da sua conclusão.
O espaço europeu passará, assim, a deter uma gama completa de foguetões, com o Ariane 5, que pode colocar em órbita cargas de até 9,5 toneladas, o Soyuz (três toneladas) e o Vega (1,5 toneladas em órbita baixa).
Em 2011, com um orçamento de perto de quatro mil milhões de euros, a ESA deverá gastar 844 milhões (21 por cento do total) na observação do planeta Terra. Duas outras grandes fatias orçamentais dizem respeito à navegação (programa Galileu), com 666 milhões de euros, e aos foguetões, com 612 milhões de euros.
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