quinta-feira, 13 de maio de 2010

Segundo astronauta a pisar na Lua diz que homem vai morar em Marte

Para Buzz Aldrin, explorar o planeta vermelho é melhor que voltar à Lua.
Ele quer que alguns humanos morem fora da Terra em 2031
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(Bom Dia Brasil / G1) “É um pequeno passo para o homem, mas um salto gigantesco para a humanidade”. Logo depois desta frase do astronauta Neil Armstrong, o segundo homem a pisar na Lua, Buzz Aldrin lembra ter dito: “Magnífica, desolação”.

Ele falava do solo lunar, daquela terra inóspita: “Que visual desolador. O que vimos não mudava há centenas, milhares de anos. Nenhuma vida. Era quente demais durante o dia e muito, muito frio de noite. Não é um lugar bom. Não tem ar. Sessenta anos depois de termos alcançado a Lua, nos anos 1960 e 1970, por que querer retornar para lá?”

Nesta quarta-feira (12), o primeiro e o último astronautas a pisarem no solo lunar foram ao Senado americano protestar e defender o programa espacial, principalmente o de exploração da Lua. O projeto "subiu no telhado" porque o presidente Barack Obama achou caro demais e pouco inovador. Buzz Aldrin concorda.

O astronauta, que junto com Neil Armstrong e Michael Collins, comandou a missão Apollo 11, em 1969, hoje, com 80 anos de idade sonha com novas conquistas: “Sou um grande otimista a respeito do que pode acontecer”.

Se o futuro está nas crianças, Buzz já é conhecido delas. O astronauta inspirou um dos personagens mais famosos da animação: Buzz Lightyear. O boneco de um patrulheiro espacial, herói da série "Toy Story" tem um bordão: "Ao infinito e além".

2031
Buzz Aldrin quer ir muito além. Acredita que explorar o planeta vermelho seja mais proveitoso do que voltar à Lua. Mas acha que Marte tem que ser ocupado mais rápido do que o previsto pelo presidente Obama.

“No meu cronograma, que submeti ao Congresso americano, teríamos pessoas pisando em Marte para permanecer lá em 2031. É para assegurar a sobrevivência da raça humana. O que poderia nos destruir, um grande asteróide. Mas, se tivermos uma civilização crescente em algum outro lugar, esta é hora de fazer este movimento, começar a se estabelecer. Eu acho isso porque os russos vão, se não fizermos antes”.

Até por essa declaração - sobre a ameaça russa - Buzz Aldrin pode ser considerado um exemplo típico do que é um militar americano. Inteligente, corajoso, sempre em busca de superação, mas falastrão, exagerado, apreciador dos holofotes.

Por causa disso, mesmo tendo sido o segundo homem a pisar na Lua, Buzz acabou aparecendo até mais do que o pioneiro, Neil Armstrong, que é um homem reservado. Em uma autobiografia, ele confessou que depois da missão Apollo 11 teve problemas de depressão e alcoolismo.

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