sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Missão a Marte pode expor astronautas a níveis mortais de radiação

Exposição a raios cósmicos aumenta o risco de doenças como câncer


(R7) Uma missão tripulada a Marte pode não ser possível devido a um aumento do risco de radiação de raios cósmicos, afirma um estudo da Universidade de New Hampshire, na região de Nova Inglaterra, nos Estados Unidos. As informações são do jornal Daily Mail.

A pesquisa, liderada pelo cientista Nathan Schwadron, foi publicada na revista Clima Espacial. Segundo o estudo, uma redução na prevista da atividade solar vai aumentar os níveis de radiação a que os astronautas serão submetidos por meio dos raios cósmicos. A exposição aumenta o risco de doenças como o câncer no caso de uma longa viagem a Marte.

O estudo constatou que um astronauta de 30 anos de idade pode gastar ficar cerca de um ano no espaço até que os raios cósmicos aumentem o risto de radiação acima dos níveis de segurança. Segundo astrônomos, esse tempo é suficiente apenas para chegar a Marte e voltar.

O enfraquecimento da atividade do Sol já prevista por cientistas significaria um número ainda menor de dias para que os astronautas atingam o limite de radiação seguro. A próxima redução da atividade solar poderia diminuir o período limite em 20%.

De acordo com a pesquisa, seriam necessários 400 dias para que um astronauta de 30 anos de idade do sexo masculino atingisse o máximo de radiação. Para a uma mulher, o período cai para 300 dias. Se a atividade solar continuar a diminuir, os homens poderiam ficar apenas 320 dias no espaço e as mulheres, apenas 240 dias.

Isso faz com que uma missão a Marte seja difícil para o homem e ainda mais difícil para as mulheres. Schwadron disse ao Daily Mail que os raios cósmicos continuam a ser um fator significativo e que piora as limitações da missão.

Os raios cósmicos têm sua origem fora do sistema solar – possivelmente em supernovas – e viajam pelo espaço. O vento solar ajuda a empurrá-los de volta, impedindo que nos prejudiquem. Durante períodos de atividade solar reduzida, os níveis de radiação cósmica aumentam a ponto de serem prejudiciais a astronautas, de acordo com o estudo.

A atividade do Sol é conhecida por ter um ciclo de 11 anos, com pausas de aproximadamente seis a oito anos em atividade (mínimo solar), seguidos por períodos de dois a três anos em que o Sol é mais ativo (máximo solar).

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