terça-feira, 4 de março de 2014

“Deu Zebra”, Agora Vem Um Desafio




(Retrato do Brasil / Brazilian Space) O VICE-PRESIDENTE da China Great Wall Corporation (CGWC) chega à sala do hotel da base de lançamento de satélites de Taiyuan, no interior da China, e diz à queima-roupa ao ministro brasileiro Marco Antonio Raupp, da Ciência, Tecnologia e Inovação: “O lançamento fracassou”. A informação deixa aturdidos todos os brasileiros presentes. Cerca de uma hora antes, na manhã de 9 de dezembro passado, delegações de China e Brasil haviam testemunhado a subida do foguete Longa Marcha 4B, que carregava em sua ponta o satélite sino-brasileiro CBERS 3, com a missão de colocá-lo em órbita a uma distância de 778 quilômetros da superfície do planeta. Sob o frio de -6°C, reunidos em frente à sede da base, distantes pouco mais de dois quilômetros da torre de lançamento, todos viram o veículo lançador de 250 toneladas e 48 metros de altura subir, às 11h26 (1h26 no horário de Brasília). Era o início da 35ª viagem desse consagrado modelo de foguete chinês, o qual até então colecionava 100% de sucesso em seus lançamentos.

O céu sobre a base era azul-brilhante, mas a esperança de se ver a olho nu a separação do primeiro estágio, após cerca de dois minutos de voo, não se concretizou: o foguete já ia alto demais. Aparentemente, o lançamento fora um sucesso e a satisfação era geral, sobretudo entre técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que, até minutos antes da subida do lançador, estavam junto ao satélite, monitorando suas condições para entrar em órbita.

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