quinta-feira, 19 de setembro de 2013

MicroSatélite Militar 1: Primeiro Satélite Gaúcho Começa a Ganhar Forma

Primeiras imagens de modelo do artefato definitivo são reveladas pelo Estado

(Diário de Canoas/Brazilian Space) O satélite gaúcho começa a tomar forma – e mede 32 centímetros de altura, com tamanho aproximado de uma caixa de sapatos. A reportagem do ABC Domingo teve acesso, com exclusividade, às imagens do modelo apresentado pela Secretaria Estadual da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico. O MicroSatélite Militar 1 (MMM1) deverá ser lançado até 2015, dentro do Programa Nacional de Atividade Espaciais (PNAE), que prevê a fabricação de 16 satélites e lançadores até 2020. Para o desenvolvimento do projeto no Estado, há R$ 43 milhões em recursos disponíveis.

O secretário da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, revela que já foi aprovada a primeira fase, que incluiu avaliação e financiamento. Na segunda etapa, estão sendo avaliados projetos e novamente as linhas de financiamento. A iniciativa está mobilizando também o meio acadêmico, envolvendo Unisinos, Ufrgs e PUC, bem como a Digicon, fabricante de componentes para aviões comerciais e militares e com experiência em projetos de lançamento de satélites brasileiros.

O satélite gaúcho é uma das propostas que disputa parte dos R$ 2,9 bilhões com que a Agência Brasileira da Inovação (Finep) financiará projetos na área de defesa e aeroespacial. Em 2012, o PNAE investiu R$ 554,5 milhões. Neste ano, a previsão é de R$ 1 bilhão. Cerca de R$ 100 milhões serão para missões espaciais, R$ 112,4 milhões em acesso ao espaço,R$339,3 milhões em infraestrutura, R$ 70,8 milhões em tecnologias críticas e desenvolvimento de competências e R$ 452,4 milhões em projetos em parceria, que também utilizam verbas de outras fontes. Em uma década, os investimentos totalizarão R$ 9,1 bilhões.

O modelo do satélite foi apresentado em julho ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Porém, mesmo que o projeto esteja entre os escolhidos, o lançamento não ocorrerá em solo gaúcho, e sim em Alcântara, no Maranhão, ou, ainda, no exterior. A grande vantagem competitiva do Rio Grande do Sul em relação a outros Estados na corrida espacial é justamente o parque tecnológico já instalado nos segmentos de semicondutores e softwares, defesa e eletroeletrônica, automação e telecomunicações. A ideia é a aproveitar as empresas gaúchas também na construção de outro satélite, que permitirá levar a Internet a todos os municípios brasileiros (banda larga fixa e 3G).
----
E mais:
Rio Grande do Sul Quer Sediar Outro Polo Aeroespacial (Brazilian Space)

Nenhum comentário:

Postar um comentário