quarta-feira, 16 de maio de 2012

Rumo ao Espaço

Força Aérea realiza com sucesso ensaio com motor de Foguete e com satélite de reentrada, projetos fundamentais para o domínio de tecnologias e para a autonomia no setor aeroespacial





(Aerovisão / Brazilian Space) O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), concluiu duas importantes etapas no desenvolvimento de pesquisas de propulsão líquida para foguetes (foto) e de uma plataforma espacial (satélite de reentrada) para realização de experimentos em ambiente de microgravidade.

Os ensaios com o motor L5 foram retomados no ano passado. Em dezembro pesquisadores da Divisão de Propulsão Espacial realizaram ensaio de qualificação em solo para verificar o desempenho do motor. Foram coletadas medidas de empuxo, vazões, pressões e temperaturas em diferentes pontos das linhas de alimentação dos propelentes, bem como no próprio motor (cabeçote de injeção, câmara de combustão e tubeira).

A equipe do Projeto SARA (Satélite de Reentrada Atmosférica) testou com sucesso o sistema de paraquedas do veículo Sara Orbital, que ajudará no resgate da cápsula depois do lançamento. O subsistema de recuperação é composto por quatro paraquedas.

“As pesquisas relacionadas com propulsão líquida e reentrada na atmosfera (SARA) são de grande relevância porque nos darão o domínio de tecnologias críticas nestas duas áreas. Tais conhecimentos são fundamentais para a autonomia do país no setor espacial. Em geral, são tecnologias já dominadas pelas nações desenvolvidas no setor e que não são disponibilizadas para aquisição. São tecnologias de elevado valor agregado e portanto de grande valia estratégica e econômica”, afirma o Major-Brigadeiro Engenheiro Francisco Carlos de Melo Pantoja, diretor do IAE.

SATÉLITE – O Projeto SARA é composto de vários veículos, dois suborbitais e dois orbitais. O primeiro da série, o Sara Suborbital, deve ser lançado ainda neste ano. O projeto compreende o desenvolvimento de uma plataforma espacial para experimentos em ambiente de microgravidade para operar em órbita baixa, circular, a 300 km de altitude, por um período máximo de dez dias.

FOGUETE – O motor à propulsão líquida L5 utilizará querosene e oxigênio líquido em sua versão final. Porém, para o desenvolvimento, em lugar do querosene, os pesquisadores do IAE tem utilizado o etanol, que produz uma queima mais limpa e sem resíduos. No futuro, esse novo combustível para foguete pode ser um subproduto do projeto. A próxima fase será o ensaio em voo do motor, que deve ser colocado no segundo estágio de um veículo de sondagem a ser desenvolvido, similar ao VS-15.

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