(G1) A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos apresentou nesta semana um projeto de lei para que veteranos de missões espaciais tenham direito de propriedade sobre os souvenirs que guardaram de suas missões, informa o site de notícias “Space.com”. Os deputados tentam, com isso, resolver uma controvérsia causada por falta de orientações claras da agência espacial americana (Nasa) a seus primeiros astronautas.
A gestão atual da agência considera propriedade federal todo objeto usado em missões espaciais.
Os astronautas veteranos, que foram os primeiros do país a viajar ao espaço, nas décadas de 1960 e 1970, no entanto, afirmam que a administração da Nasa na época informou que eles poderiam guardar objetos não-essenciais à missão como recordação. Essa orientação, no entanto, era verbal e nunca foi colocada no papel. A Nasa só começou a definir regras formais sobre o uso de equipamentos usados em missões na era dos ônibus espaciais, na década de 1980.
Isso gerou diversas saias-justas com os astronautas – considerados heróis nacionais. Em 2011, Edgar Mitchell, que andou na Lua na Apollo 14, tentou vender uma câmera usada na missão para uma casa de leilões. Ele foi processado e, no acordo para resolver a questão, concordou em doar o objeto a um museu.
Em janeiro, o famoso astronauta Jim Lovell, das Apollos 8 e 13, que foi interpretado por Tom Hanks no cinema, passou pelo mesmo problema. Ele quis vender um caderno de anotações usado na Apollo 13, mas o leilão (que chegou a arrecadar US$ 388 mil) foi cancelado após ser questionado pela Nasa.
Em resposta ao projeto de lei, o porta-voz da Nasa, Bob Jacobs, disse que a agência vai seguir qualquer lei aprovada pelo Congresso americano.
Se ela entrar em vigor, não vai se aplicar apenas aos astronautas. Qualquer pessoa que tenham posse de um souvenir das primeiras missões da NAsa, de civis presenteados a museus, terá direito à propriedade sobre ele.
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