quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sensoriamento remoto: a nova era do mapeamento terrestre


(Com Ciência) A coleta e o processamento de dados para a construção de mapas que representem diferentes aspectos da superfície terrestre é uma atividade que se iniciou por volta do século XV e que não tem prazo para terminar. A incorporação do sensoriamento remoto – técnica que envolve a análise e interpretação de imagens de satélite – à cartografia, a partir de 1960, representou uma evolução para o mapeamento, abrindo novos campos de pesquisa, como o monitoramento da paisagem em tempo real, a modelagem de riscos epidemiológicos, entre outras aplicações. É difícil prever até onde essa tecnologia poderá avançar.

Quando se fala em imagens de satélite, surge em nosso imaginário a ideia de uma “fotografia do espaço”. Segundo Milton Cezar Ribeiro, doutor em ecologia de paisagens pela Universidade de São Paulo (USP) e que faz pós-doutorado no Instituto de Biociências de Rio Claro, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), a idealização não está muito longe da realidade. “Uma imagem de satélite nada mais é do que uma câmera digital acoplada em um satélite que fica dando voltas sincronizadas no globo. Antigamente, poderíamos dizer que chamar imagem de satélite de “fotografia do espaço” seria incorreto, pois as definições eram grosseiras. Mas hoje o sensoriamento remoto permite mapear elementos com até 50 cm de resolução espacial, que representa a distância mínima em que é possível distinguir dois pontos na superfície terrestre”, explica.

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