(AFP/Público - Portugal) A Agência Espacial Europeia (ESA) espera ainda poder utilizar um dos dois satélites do sistema de navegação Galileu, colocados em órbitas erradas em Agosto, disse nesta terça-feira Didier Faivre, director da ESA para este programa.
O satélite Sat-5 recebeu comandos para fazer uma série de manobras que o deixou numa órbita segura, apesar de não ser a órbita programada inicialmente. Os “primeiros sinais” foram recebidos no sábado, disse Didier Faivre.
“Está, por agora, num lugar seguro e podemos trabalhar pelo menos na fase de testes. Ainda esperamos que o satélite possa ser usado para a navegação”, declarou o responsável.
A informação foi anunciada como uma “boa nova” por Jean-Jacques Dordain, director-geral da ESA, no conselho de ministros da agência, nesta terça-feira, no Luxemburgo. “Salvamos o que podemos salvar. Mas a situação não é ideal”, sublinhou por sua vez Didier Faivre.
O sistema de navegação Galileu irá servir para a localização geográfica terrestre tal como o GPS norte-americano, e é uma aposta política europeia.
O Sat-5 foi lançado juntamente com o Sat-6 a 22 de Agosto, num foguetão russo Soiuz, que descolou do centro espacial de Kourou, na Guiana Francesa. Devido a uma falha no foguetão, os dois satélites foram colocados numa órbita elíptica a 17.000 quilómetros de altitude e não na órbita circular a 23.000 quilómetros, que tinha sido prevista. O erro tornou os satélites inoperacionais para a missão Galileu. A falha foi atribuída a um gel usado no combustível do foguetão.
Mas o Sat-6 deverá também realizar as mesmas manobras a que o Sat-5 foi submetido, para ficar numa órbita segura “nos próximos dias”, segundo a ESA.
Os quatro primeiros satélites Galileu já estavam em órbita, mas foram usados para testes. O Sat-5 e Sat-6 seriam os dois primeiros aparelhos operacionais do sistema. Até 2017, serão lançados mais 20 aparelhos.
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