segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Flutuar como um astronauta num avião em queda livre

A única forma de treinar astronautas ou realizar investigação científica em gravidade zero é com voos parabólicos. O Observador experimentou. No arranque da Semana Mundial do Espaço, conta-lhe como é.


(Observador - Portugal) Está tudo pronto para a descolagem. Os dois pilotos e os dois engenheiros de voo ocupam o espaço exíguo do cockpit e preparam-se para a viagem. O avião da Airbus, que da versão comercial só se reconhece o exterior, é comandado por militares, mas vai cheio de cientistas. Quando entrar em queda livre, não haverá pânico, todos estarão absolutamente concentrados nas experiências. Pelo menos durante 20 segundos. O mais difícil vai ser manter os pés presos ao chão.

Depois da azáfama matinal, a acertar os últimos pormenores da experiência, a colocar os sensores e a equipar a rigor, os cerca de 50 passageiros ocupam os lugares que se mantiveram depois das modificações na cabina do Airbus 300. No cockpit, pilotos e engenheiros comunicam entre si e com a torre de controlo do aeroporto de Bordéus. Ligam e desligam alguns dos botões entre as centenas que têm por cima da cabeça e tomam notas, enquanto avançam lentamente pela pista à espera da ordem de descolagem.

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