segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Satélite espião de 2.5 tons deve cair nas próximas semanas

(Apolo11) O satélite russo Cosmos 1400 está perdendo altura rapidamente e deverá reentrar na atmosfera terrestre em poucos dias. O objeto pesa mais de 2500 quilos e ao que tudo indica não há mecanismos que possibilitem uma reentrada controlada.


Cosmos 1400 foi lançado em 5 de agosto de 1982 a partir da base russa de Plesetsk e seu objetivo militar era interceptar e analisar as comunicações eletrônicas ocidentais, principalmente dos EUA.

Durante sua missão, permaneceu em orbita circular quase polar a 640 km de altitude e mesmo após encerrar as operações permaneceu nessa orbita por quase 30 anos, mas caindo lentamente em direção à Terra devido ao arrasto na alta atmosfera. Nos últimos anos essa queda se acentuou fortemente e de acordo com cálculos de reentrada feitos pelo Apolo11/Satview não deverá permanecer em orbita por muito mais tempo.

Simulações feitas nos últimos dias mostram que Cosmos 1400 está perdendo entre 7 e 10 km de altura diariamente e se continuar nesse ritmo deverá cair na Terra nas próximas semanas. As primeiras estimativas apontam entre 01 e 14 de setembro como período de reentrada, mas poderá ser antecipado conforme as condições da atividade solar, pois interferem diretamente na densidade das camadas mais elevadas da atmosfera.

Na manhã dessa segunda-feira, a previsão de queda de lixo espacial mostrava que Cosmos 1400 reentraria na atmosfera sobre o sul da China no dia 12 de setembro às 15h29 UTC (12h29 pelo horário de Brasília), mas esses resultados deverão variar bastante nos próximos dias.

Neste momento, Cosmos 1400 realiza uma orbita quase circular entre 300 km e 298 km de altitude, completando uma volta ao redor da Terra a cada 90.5 minutos.



A orbita do satélite é inclinada em 81.1 graus (quase polar), o que significa que poderá cair em qualquer ponto da Terra, já que não há informações de que o artefato tenha algum tipo de controle de guiagem.

Devido à grande massa envolvida, de 2.5 toneladas, a maior parte do Cosmos 1400 deverá arder em uma grande bola de fogo durante sua passagem pela atmosfera, mas peças maiores e mais pesadas poderão sobreviver ao calor escaldante e chegar até a superfície.

O Apolo11 e Satview.org manterão vigilância constante sobre a reentrada de Cosmos 1400, seja através do rastreio do satélite ou por meio de boletins especiais.

Para rastrear o Cosmos 1400 e conhecer as datas previstas para reentrada, use o SATVIEW.ORG

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