segunda-feira, 19 de maio de 2014

Satélites, semântica e educação

(Pesquisa Fapesp) Os nanossatélites não são nano. Afinal, medem até 10 centímetros de aresta ou, se têm formato cilíndrico, até 10 centímetros de altura, quando a escala nanométrica de fato refere-se a medidas da ordem do milionésimo do milímetro. Mas, tenha sido por razões de marketing ou por outras insondáveis motivações de quem os nomeou, o batismo como nanossatélites desses pequenos, leves e multifuncionais artefatos – cujos inventores reconhecidos são Bob Twiggs e Jordi Puig-Suari, professores respectivamente das universidades Stanford e Politécnica da Califórnia – pegou. E parece-me pouco sensata agora qualquer insurgência contra essa falsificação semântica. Aos nanossatélites, pois. E, neste caso, aos brasileiros, que são o tema da reportagem de capa desta edição de Pesquisa FAPESP.

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