quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Setor espacial é estratégico para o Brasil, afirma secretário Elias

Ele apresentou o quadro da evolução do orçamento da agência, que terá R$ 310 milhões em 2014

(JC) Durante a comemoração dos 20 anos da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luiz Antonio Elias, destacou o esforço empreendido pelo governo brasileiro para impulsionar o setor espacial no país pelo seu potencial intensivo em tecnologia e pela capacidade de puxar as cadeias produtivas brasileiras com as quais tem ligação.

"É um setor importante e com uma cadeia estruturada. A ideia foi ampliar o nível de instrumentos e a possibilidade cada vez mais decisiva, tanto em recursos não reembolsáveis e em projetos cooperativos, quanto na subvenção econômica e no crédito, para responder a percepção de demanda da indústria", explicou Elias, que esteve presente como ministro em exercício - Marco Antonio Raupp participa de encontro ministerial na África do Sul.

Elias apresentou o quadro da evolução do orçamento da agência, que passou de R$ 23 milhões, em 2002, para R$ 310 milhões em 2014. Ele destacou, ainda, os recursos direcionados à subvenção econômica (R$ 150 milhões, via Finep), mais R$ 41 milhões para projetos cooperativos, além de R$ 3 bilhões, por meio do Plano Inova Empresa, para a defesa (área com grande interface com o setor). "Isso dá uma percepção clara da consideração do governo em relação ao segmento espacial brasileiro", afirmou.

Parceria
Na cerimônia, diretores e o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Coelho, lembraram o histórico da autarquia, criada em 10 de fevereiro de 1994, que tem por objetivo promover, formular e coordenar a política de desenvolvimento das atividades espaciais. No evento foi lançado um selo comemorativo ao aniversário da instituição pelos Correios e foram homenageados 24 funcionários que, neste ano, completarão mais de nove anos de trabalho.

O presidente da AEB ressaltou o papel da agência como articuladora e a relevância da sua atuação em parceria com os diversos atores do setor, entre eles o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), o Ministério da Aeronáutica, indústria e usuários. "Nosso programa é essencialmente voltado para as necessidades da população brasileira, então nada mais justo do que colocar todos os representantes da sociedade para tomarmos decisões conjuntas", afirmou.

Sob a administração geral da AEB, o Programa Espacial Brasileiro, conforme definido pelo Sistema Nacional de Atividades Espaciais (Sindae), tem a participação do Inpe e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Aeronáutica, responsável pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e pelos centros de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, e da Barreira do Inferno (CLBI), em Natal.

Cada um desses órgãos responde por um dos segmentos necessários ao alcance da Missão Espacial Completa Brasileira (MECB). Para desenvolver e divulgar as atividades espaciais a agência conta com os programas de Microgravidade, Uniespaço e AEB Escola.

Entre os motivos a comemorar, José Raimundo Coelho destacou a realização do primeiro concurso público para a contratação de 150 servidores neste ano. "Dentro de poucos anos a agência vai ter um corpo sólido de servidores que poderá ajudar a desenvolver mais ainda o nosso programa de atividades espaciais junto com os nossos institutos", concluiu.

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