segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

No Reino Unido, trens poderão ser monitorados via satélite

Proposta reduziria gastos do sistema ferroviário do país, que reúne hoje 800 centros de sinalização - alguns criados há 150 anos



(Exame) David Willetts, Ministro da Ciência do Reino Unido, quer usar satélites para monitorar o sistema de trens do país. A ideia foi revelada por ocasião da inauguração da High Speed Rail 2, uma ferrovia de alta velocidade

A proposta é usar a estrutura do Galileu, o sistema de navegação da comunidade europeia, para organizar o fluxo de trens no país - o que reduziria os gastos de manuntenção com o sistema de sinalização.

De acordo com The Telegraph, o sistema ferroviário inglês conta com uma complexa rede que envolve 800 centros de sinalização.

Muitos deles ainda datam do tempo da Rainha Vitória, que reinou há 150 anos. Até 2016, o país quer reduzir para 12 o número de centros regionais.

Problemas
Segundo The Telegraph, a adoção da proposta do ministro envolve alguns problemas. Um exemplo é o fato de que o uso do Galileu para essa finalidade não seria permitido.

Outro ponto é o risco envolvido em possíveis falhas do sistema, que poderiam resultar em colisões entre trens. O jornal lembra ainda que sinais do satélite poderiam não funcionar dentro de túneis - como acontece com celulares.

Entretanto, o ministro inglês é enfatico na defesa de sua ideia de multiplicar os usos possíveis do Galileu. "Aeroportos ficariam abertos com mau tempo; barcos fazendo pesca ilegal poderiam ser rastreados; serviços de banda larga poderiam ser levados a áreas remotas", afirmou Willetts

Em órbita há dois anos, o sistema de navegação Galileu deve reunir cerca de 30 satélites até 2020. Criado para competir com o GPS americano, o projeto é um dos mais ambiciosos da história aeroespacial europeia.

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