quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Jovem pode ser o primeiro africano negro a ir para o espaço

DJ de 25 anos foi um dos vencedores de concurso de academia espacial. Ele superou um milhão de outros participantes, vindos de 75 países.


(AFP/G1) O DJ Mandla Maseko, que vive no distrito de Mabopane, na África do Sul, pode ser o primeiro africano negro a ir para o espaço (já houve sul-africanos brancos e americanos negros em órbita). O jovem de 25 anos garantiu um lugar cobiçado para voar 103 km de altitude, chegando ao espaço, em 2015, depois de vencer uma competição organizada por uma academia espacial com base nos Estados Unidos.

Ele superou um milhão de outros participantes de 75 países ao ser selecionado para fazer parte do grupo de 23 pessoas que farão um voo suborbital de uma hora de duração na espaçonave Lynx Mark II.

O ex-estudante de engenharia civil - que teve que adiar a conclusão dos estudos por não conseguir pagar as mensalidades - vai experimentar a sensação de ausência de gravidade em uma jornada que normalmente custa US$ 100 mil.

A menos que um africano negro endinheirado reserve uma passagem de turismo espacial e decole ainda este ano, Maseko se consagrará como o primeiro africano negro a chegar ao espaço.

O "típico garoto do interior", que ainda vive com os pais e quatro irmãos, foi nomeado um dos vencedores em 5 de dezembro, apenas algumas horas depois da morte do primeiro presidente negro de seu país, Nelson Mandela.

Jornada improvável
Sua jornada improvável partindo de um distrito de classe média até a termosfera começou com um salto de um muro. A exigência inicial para os competidores era enviar uma foto de si próprio pulando de qualquer altura.

Sua primeira escolha foi o telhado da casa de três quartos de seus pais, mas sua mãe Ouma disse "não", temendo que a altura fosse demais e ele pudesse quebrar as pernas.

Ele decidiu, então, pelo muro da casa, de dois metros de altura, e registrou o momento com um telefone celular. A foto ajudou Maseko, que trabalha durante meio-período como DJ em festas, a atingir novas alturas.

Ele finalmente assegurou seu lugar no foguete após esgotantes testes físicos e de aptidão no concurso organizado pela AXE Apollo Space Academy, patrocinada pela Unilever e pela empresa de turismo espacial Space Expedition Corporation (SXC).

Foi um sonho que se tornou realidade para um homem de passado humilde. "Quando estava grávida de Mandla, sabia que daria à luz uma estrela", disse a mãe de Maseko.

Agora, os vizinhos do jovem o cumprimentam por colocar o distrito africano no "mapa galáctico". Seus planos são estudar engenharia aeronáutica e se qualificar como um especialista em missões espaciais. Seu sonho maior é colocar uma bandeira da África do Sul na Lua.

O Ministro de Ciência e Tecnologia da África do Sul, Derek Hanekom, vê Maseko como "um modelo para a futura geração de profissionais do espaço e entusiastas".

Maseko já passou uma semana na Kennedy Space Academy, na Flórida, onde ele praticou paraquedismo e participou de outros treinamentos. Lá, ele conheceu e posou para fotos ao lado do astronauta americano Buzz Aldrin, que foi o segundo homem a colocar os pés na lua, depois de Neil Armstrong, em 1969.

Para Maseko, o encontro foi mágico. "É dessa forma que se sente no espaço", ele se lembra de ter pensado.

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