quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Satélites gémeos do Galileo prontos a descolar

O lançamento está previsto para a noite de 12 de Outubro



Os satélites gémeos da constelação Galileo já estão totalmente abastecidos e juntos sobre o estágio superior do foguete que irá transportá-los durante a maior parte do caminho, até à sua órbita final. O lançamento está previsto para a noite de 12 de Outubro.

Os técnicos vestiram os fatos de protecção para encher os tanques dos dois satélites com o combustível hidrazina, usado para os manter na sua posição orbital durante os 12 anos previstos.

Em vez de transportar uma quantidade significativa de combustível extra para se inserir nas órbitas planeadas – como acontece com um satélite de telecomunicações típico ou com os equivalentes americanos do Galileu, o GPS – são transportados para uma órbita média pelo Fregat, o quarto estágio do lançador Soyuz ST-B. Como não necessitam desse combustível extra nem de propulsores orbitais são suficientemente pequenos para serem lançados aos pares, a bordo do Soyuz – ou em grupos de quatro, pela nova variante do Ariane 5, que está a ser desenvolvida.

Os satélites Galileo estão ligados a um distribuidor especial que os mantém firmemente na sua posição durante o lançamento, antes que mecanismos pirotécnicos os libertem lateralmente, em direcções opostas, quando for atingida a altitude de conjunto de 23 222 quilómetros. As placas de alumínio em cada lado são extras temporários, para protecção dos seus delicados painéis solares, e irão ser removidas posteriormente.

Os dois satélites, o distribuidor e o estágio superior Fregat serão agora cuidadosamente verificados antes de o próximo grande marco, a montagem da carenagem de protecção para o lançamento.

Fase de validação do Galileo
Com este lançamento os dois novos satélites Galileo de validação em órbita juntam-se aos dois primeiros que estão em órbita desde Outubro de 2011.

Este é um marco significativo para o programa europeu Galileo, porque quatro é o número mínimo exigido para correcções de navegação, permitindo o teste completo do sistema sempre que estiverem todos visíveis no céu.

A esta fase de validação irá seguir-se a implantação de mais satélites e de componentes do segmento de terra para que se possa alcançar a “capacidade operacional plena". Depois disso, os utilizadores em terra podem explorar os serviços.

Nenhum comentário:

Postar um comentário