terça-feira, 30 de outubro de 2012

Naelton Mendes de Araujo: Uma projeção realista da corrida espacial

(O Dia) O salto do paraquedista Felix Baumgartner de uma altura de 36 km foi um recorde! Apesar de não ser uma viagem espacial de fato, a aventura despertou tanto interesse como se fosse. Para ser considerado espaço é preciso ir três vezes mais alto.

Durante a Guerra Fria, houve a chamada corrida espacial entre os EUA e a URSS. Depois que os americanos pousaram seis vezes na superfície da Lua, a disputa esfriou. Apesar do surgimento de uma grande colaboração internacional nas estações espaciais MIR e ISS, nenhum astronauta pisou outro astro desde então.

Desde a década de 80 a Nasa tem planejado missões a Marte. Uma delas, de 2009, usaria foguetes semelhantes aos do programa Apolo, mas com tecnologia dos space shuttles. Continuamos esperando mais investimentos americanos na exploração humana do espaço. É compreensível que naves automáticas estejam desbravando o nosso sistema planetário antes de se ter um voo tripulado, pois um robô é mais barato e seguro. Uma missão tripulada a Marte exigiria uma nave imensa levando água, comida e atmosfera para sustentar astronautas por mais de quatro anos.

Por maiores que sejam os retornos científicos das sondas, nada mexe tanto com a opinião pública como astronautas no espaço. Enquanto as nações diminuem seus investimentos em voos tripulados, surgem oportunidades para a iniciativa privada. O prêmio Anasari X prize (2004) tem estimulado o turismo espacial e fez um grande vencedor: o Space Ship One, da empresa Scaled Composites.

Trata-se de um pequeno avião-foguete que decola sobre um jato a partir de uma pista comum. Com o surgimento de novos meios de lançamento, é bem possível que você possa comprar uma passagem espacial, mesmo que seja para passar alguns dias em órbita da Terra.

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