quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Made in Brazil



(Retrato do Brasil / Brazilian Space) Quando Mario Stefani ficou sabendo que não conseguiria comprar no exterior um chip fundamental para obter imagens da Terra a partir do espaço, percebeu que as dificuldades que sofreria para a construção da câmera MUX, uma das quatro embarcadas no satélite CBERS 3, desenvolvido pelo Brasil em conjunto com a China, não parariam por ali. Decidiu então criar um dispositivo com arquitetura própria, cujo modelo pudesse prescindir de componentes estrangeiros sujeitos a restrições, como o PGA, o chip que processa as imagens, cuja compra foi barrada pela International Traffic in Arms Regulation (ITAR), legislação americana que impede a exportação de componentes usados para o desenvolvimento de produtos da área de defesa e aeroespacial. “Não se trata de má vontade. Trata-se de leis – americanas, francesas, alemãs e de outros países – que protegem os interesses geopolíticos e de detentores de tecnologia de cada país”, esclarece Stefani. Ele comanda o departamento de pesquisa e desenvolvimento da Opto, uma empresa de médio porte sediada em São Carlos, interior do estado de São Paulo, com cerca de 400 funcionários, 60 dos quais engenheiros e físicos.

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