quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ipea recomenda investimentos no setor espacial brasileiro

Trabalho também aponta pontos problemáticos, como questão institucional. País deve implantar projeto de satélite até 2014.



(G1) O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quarta-feira (11) um estudo no qual recomenda à iniciativa privada o investimento no setor espacial como uma boa oportunidade de negócios no Brasil.

Segundo Flávia Schmidt, técnica de planejamento e pesquisa do Ipea, uma das autoras da pesquisa, o setor espacial constitui “um campo muito fértil” para quem investe no Brasil.

Um decreto emitido no dia 28 de junho estabelece que o Brasil implante até dezembro de 2014 o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, com participação dos ministérios da Defesa, das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

“A gente tem uma oportunidade muito boa”, afirmou Schmidt. Para ela, as empresas nacionais que atuam no setor “têm um potencial muito grande para desenvolver”.

Segundo o estudo, a Visiona, uma parceria – joint-venture – entre a Telebrás e a Embraer para o projeto do satélite, é um exemplo de empresa com potencial de desenvolvimento no setor.

O levantamento mostrou ainda que o setor exige uma mão-de-obra mais qualificada que a média. Por isso, um dos grandes desafios que as empresas nacionais terão pela frente é o investimento em capital humano.

Outro problema importante que o Brasil ainda precisa superar para tornar o setor espacial mais competitivo em relação a outros países é a questão institucional. Na visão de Schmidt, os órgãos ligados ao programa espacial, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Agência Espacial Brasileira (AEB), deveriam ter uma integração maior.

“A despeito desse cenário positivo, ações ligadas à política industrial não serão, entretanto, suficientes para a competitividade e sustentabilidade das firmas do setor. [...] Os avanços da indústria são condicionados ainda ao fortalecimento das instituições ligadas à atividade espacial”, conclui o estudo.
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