Segundo uma fonte do setor espacial russo, o Cazaquistão, que abriga depois da época soviética o principal cosmódromo russo em Baikonur, exige um acordo internacional para fixar as compensações financeiras que a Rússia pagará pela queda de resíduos de foguetes em território cazaque.
Sem um acordo, o Cazaquistão não autoriza a utilização de seu território, o que obrigou a Roskosmos, a agência espacial russa, a adiar indefinidamente três lançamentos.
"Por estas razões, não podemos cumprir nossas próprias obrigações e as obrigações internacionais", explicou a fonte ao Kommersant.
O problema compromete a entrada em órbita de Metop-B (que estava previsto para 23 de maio), dos satélites russos Konopous-B e MKA-PN1, do bielorrusso BKA, do canadense ADS-1B, do alemão TET-1 (previsto para 7 de junho) e do russo Ressours-P (previsto em agosto).
A Rússia paga 115 milhões de dólares por ano ao Cazaquistão pelo cosmódromo de Baikonur em virtude de um acordo vigente até 2050.
A partir desta base são lançados muitos dos foguetes russos, e, sobretudo, os voos tripulados em direção à Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês).
O Cazaquistão já bloqueou em outras ocasiões o lançamento de alguns tipos de aeronaves russas depois da explosão de foguetes em pleno voo, como em 2011, quando cinco lançamentos fracassaram.
O último fracasso ocorreu no dia 23 de dezembro, quando um satélite de comunicações militares e civis caiu na Sibéria por um problema no foguete Soyuz.
----
Matérias similares no Terra e Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário