segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Seis instituições de ensino do Brasil criam primeiro foguete universitário

(Correio Braziliense) Desde a primeira incursão de um brasileiro no espaço, com a participação do astronauta Marcos Pontes numa missão da Nasa, em 2006, o setor aeroespacial do país ganhou impulso como se estivesse apoiada na clássica frase do personagem de desenho animado Buzz Lightyear: “Para o alto e avante”. No entanto, o sonho de criar um foguete verde-amarelo ainda esbarra em obstáculos relacionados à insipiência do setor. Na tentativa de mudar esse cenário, estudantes de seis universidades brasileiras unem forças para criar o primeiro protótipo universitário no Brasil.

Os trabalhos foram divididos em três fases primordiais: criação do motor, projeto aerodinâmico e implantação de um banco de testes de motores. Por se tratar de um protótipo de altura inferior a 2m e potência suficiente apenas para erguer um carro popular, a principal proposta é possibilitar a especialização da mão de obra do setor aeroespecial — considerada de alta relevância, por integrar o projeto de defesa das fronteiras do país e o enriquecimento da nação — garantindo aos acadêmicos a abertura de importantes portas no mercado de trabalho.

As duas primeiras etapas (motor e projeto aerodinâmico)foram divididas entre o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Vale do Paraíba (Univap). Em Minas Gerais, a PUC Minas ficou responsável pela criação do banco de testes de motores de foguetes. O projeto começa a sair do papel ainda este mês e deve ficar pronto em um ano e meio, possibilitando o aprimoramento de motores criados em outras instituições de ensino superior. “Sem a bancada de testes, o motor é um mero suporte para impedir que a porta bata com o vento”, afirmam em tom uníssono o coordenador da parte mineira do projeto e professor do Departamento de Física da PUC Minas, Welerson Romaniello, e o idealizador do grupo de estudos e alunos de engenharia mecatrônica, Bruno Garkauskas Neto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário