sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Nasa 'flerta' com empresas privadas para construir nave espacial

(Geek / Terra) A Nasa está flertando com uma série de empresas privadas em busca de uma empresa que possa oferecer serviços a ela até o final de 2016. Um dos possíveis novos veículos espaciais a serem utilizados pela agência é o Dream Chaser, um futuro avião espacial de sete lugares. A Nasa inicialmente investiu US $ 80 milhões no veículo. O projeto, porém, será levado adiante por uma empresa privada, a qual ainda não foi escolhida.

Uma das empresas consideradas para iniciar os testes é a Virgin Galactic, uma empresa privada (parte do conglomerado Virgin) criada especialmente para operar com turismo espacial civil. Dona das naves SpaceShipOne e SpaceShipTwo, os primeiros veículos espaciais tripulados por civis a fazer vôos acima dos 100 km de altitude, que podem ser considerados espaciais.

O objetivo da Nasa é usar a aeronave White Knight Two, de propriedade da Virgin Galactic e fabricada pela Scaled Composites, para servir de "nave mãe" (ou seja, como plataforma de lançamento em pleno ar) para o Dream Chaser. Sua antecessora, a White Knight, foi usada como "nave mãe" para os lançamentos da primeira nave espacial privada, a SpaceShipOne. A atual White Knight Two é usada com o mesmo propósito para o novo SpaceShipTwo.

Caso a parceria se concretize, é provável que o Dream Chaser seja fabricado pela Scaled Composites e operado em conjunto pela Nasa e pela Virgin Galactic. Mas podem aparecer outras empresas interessadas, e a decisão deverá ser feita pela agência espacial americana até o meio do ano que vem.

Essa busca por uma empresa mostra que o setor privado pode oferecer uma infra-estrutura única e até mais barata para a Nasa, e pode ser esse o novo modelo para a exploração espacial do futuro. Obviamente, esse modelo também se adequa ao recente corte drástico de financiamento que o Programa Espacial Americano sofreu na administração Obama, depois de duas crises financeiras em sequência.

Neste cenário, a única saída para a Nasa, de fato, é um modelo de parcerias com a iniciativa privada - até porque União Européia, China, Índia e Japão (e, claro, Rússia) já têm programas espaciais avançados.

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