(Panorama Espacial) Segundo reportagem da agência de notícias EFE, o ministro da Economia do Chile, Juan Andrés Fontaine, está esta semana em viagem oficial à China para tratar de acordos entre os dois países, como investimentos e colaboração em inovação e no campo espacial.
O interesse chileno é em satélites. A visita às autoridades espaciais chinesas "nasce do interesse que tem o Chile na utilização de informação satelital para diversos usos", disse o ministro. "A agência chinesa forneceu satélites de informações a outros países da América Latina (como a Venezuela), e nós estamos iniciando conversações nesse sentido para conhecermos e, no futuro, caso nos interesse, neste sentido faríamos algum tipo de convite para uma licitação", completou.
Em 2008, o Chile adquiriu um pequeno satélite de observação terrestre (SSOT) da EADS Astrium, a ser lançado no final de 2011 ou início de 2012. Pelas declarações do ministro, o país andino parece estar considerando a ideia de dispor de um satélite de comunicações, segmento em que os chineses alcançaram uma expressiva participação no mercado sul-americano. Além de já terem fornecido e colocado em órbita o Venesat-1, da Venezuela, a China Great Wall Industry Corp. (CGWIC), principal indústria espacial chinesa, assinou em dezembro de 2010 um contrato para fornecer um satélite similar para a Bolívia, chamado Tupac Katari (ou TKSat-1). A mesma indústria também chegou a fazer uma oferta numa concorrência da Colômbia para o projeto Satcol, que foi cancelado.
Além do segmento de comunicações, no continente sul-americano a China também colabora desde 1988 com o Brasil, no programa sino-brasileiro de recursos terrestres (CBERS, sigla em inglês), e no início deste mês, assinou contrato com o governo venezuelano para a construção e entrega em órbita de um satélite de observação. Toda esta exposição, muito provavelmente coloca o país asiático como um dos principais (senão o principal) "player" em cooperação espacial internacional na região.
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