(Folha / Brazilian Space) O presidente da AEB colocou o dedo na ferida ao apontar o desinteresse da indústria pelo programa espacial.
Enquanto nos EUA as empresas disputam a tapa contratos para desenvolver espaçonaves e foguetes para a NASA, no Brasil a indústria faz de tudo para se afastar.
São duas as razões. A primeira é a notória falta de gosto da indústria brasileira por pesquisa e desenvolvimento.
A Embraer é uma exceção. Mas a gigante aeronáutica brasileira não demonstrou interesse em expandir sua esfera de atuação para além da atmosfera quando teve chance, por exemplo, de desenvolver partes brasileiras para a Estação Espacial Internacional, há alguns anos.
O segundo problema é a instabilidade orçamentária. Que empresa se arriscaria a investir para atender a uma demanda que flutua de forma quase aleatória?
A AEB enfrenta, desde sua criação, dificuldade em disciplinar os órgãos responsáveis pelos projetos.
O DCTA, órgão da Força Aérea responsável pelos veículos lançadores, tem sua própria agenda.
O INPE, encarregado de conceber os satélites nacionais, nem se fala. O instituto empurra com a barriga todo projeto que não cai nas graças de sua diretoria.
Colocar ordem na casa, e o programa espacial nos trilhos, exigirá mais que conclamar a indústria.
É preciso uma manifestação inequívoca das prioridades e os prazos para a execução dos diversos objetivos que se acumulam há décadas nas planilhas do governo.
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