quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Olhando para o Alto

(Teletime / Brazilian Space) O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, não mede as palavras para criticar a burocracia da administração pública e, indiretamente, seus antecessores na presidência da AEB. De discurso afiado, Ganem classifica como uma “dantesca caixa de papéis” os primeiros estudos sobre a viabilidade do projeto do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) e diz que quando assumiu a agência, em 2008, descobriu que eles eram “good for nothing”. Nesta entrevista, ele assegura que o SGB não vai disputar mercado com as empresas, mas sim contribuir para que o País possa aprimorar suas previsões meteorológicas, atender às demandas da Defesa e de comunicação do governo. Suas críticas, inclusive, atingem as empresas operadoras de satélites que atuam no Brasil. Ele afirma que existe sim a possibilidade de se produzir um lançador no Brasil e dispara: “mas isso não interessa à revista, não interessa ao seu público, porque quem gastou o que eles gastaram em lançadores de terceiros não está nem aí para a bandeira brasileira”.

Teletime - O projeto do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) vem sendo acompanhado pelo setor de telecom há algum tempo e existe a expectativa de como ele vai se colocar no mercado. Ele teve alguns percalços ao longo dos últimos anos, só agora saiu à consultoria para elaborar o projeto... Por que esse atraso?

Carlos Ganem - Na verdade, esse atraso tem dez anos. É uma vergonha para um País como o nosso, enorme, necessitadíssimo de um instrumento que lhe permita entender e interpretar o seu gigantismo. É o maior país se você considerar área integral incluindo todo o conjunto do território brasileiro mais a zona economicamente explorável, que corresponde a uma outra Amazônia. Eu estou falando de 8,4 milhões de km2, ou 13 milhões de km2 em área integral se e você considerar o mar produtivo no Atlântico Sul. De Oiapoque, limite norte com o nosso vizinho europeu Guiana Francesa, a Chuí, cidade irmã da Chuí uruguaia a partir da qual o Atlântico beija a Antártica. Então se você projetar o mar produtivo vai entender que na camada do pré-sal você não ficou nas bordas das 200 milhas náuticas, mas quase que dobrando isso para 350 milhas náuticas, a um mar de profundidade que vai desafiar a engenharia de cabeamento e amarração bem sucedidíssima da Petrobras. Lembre-se que estar a 700 km do continente é uma porta aberta para qualquer tipo de ação. Uma dessas ações é inviabilizar a qualquer preço a exploração do pré-sal brasileiro, simulando, em uma situação análoga, por exemplo, o que aconteceu no Golfo do México. Esse mundo não é para amadores.

No caso do espaço, muitas nações do planeta Terra não querem que o Brasil tenha um papel protagonista. O Brasil não tem o direito de postular e fazer o seu primeiro satélite geoestacionário genuinamente nacional. E quando eu falo genuinamente nacional, entenda, estou falando de negócios nos quais a cooperação técnica, econômica e internacional é determinante. Ninguém hoje no mundo faz ação de desenvolvimento autônomo. A Coréia do Sul está namorando a França. A Índia namora a França, a França namora a Bélgica, a Bélgica namora o Brasil... Esse é um negócio de grandes parceiros. Quanto menos você depender de um grande parceiro, melhor. O que a gente não vai fazer é entrar em nichos e segmentos que traduzam a razão de operação de um conjunto de companhias privadas, decorrentes de um modelo escolhido para as telecomunicações brasileiras. Agora, isso não dá o direito de você simplesmente abrir mão de um projeto protagonista, republicano e de Estado que leve em consideração a demanda que se estabeleceu possível para o primeiro satélite geoestacionário brasileiro.


TT - Como começou o projeto do SGB?
Ganem - Foi feito um estudo com recursos do Funttel, pagos pela FINEP, e estavam envolvidos três órgãos sob a liderança da Fundação Atech, mais a fundação Casimiro Montenegro e a Fundação CPqD. Isso custou R$ 10,08 milhões, do qual sobrou um pequeno resíduo, que sequer pôde ser aproveitado. Em 2006, como resultado dessa caixa de papéis, que é dantesca, o presidente que me antecedeu formatou um grupo de trabalho para estudar e avaliar o satélite geoestacionário brasileiro, e a agência espacial à época delegou competência ao diretor de satélites e chamou o grupo de trabalho, representado pelos ministérios da Defesa, Ciência e Tecnologia e Comunicações, chamou o INPE, o comando das três forças, com ênfase na Aeronáutica. Quando eu cheguei aqui, em 2008, eu pedi notícias do estudo. Quando me disseram que o estudo era “good for nothing” (inútil) eu pedi notícias do que havia sido feito a posteriori e me disseram que foi constituído um grupo de trabalho. Grupo de trabalho é muito bom, mas o que resolveram? Produziram, de novo, dois gosmados, duas atas de reunião e nada mais. Em 2008, ensandecido, eu chamei a responsabilidade daqueles membros do grupo antigo e lhes pedi a demanda de cada setor organizado. A demanda de cada setor organizado deveria suscitar, no nosso negócio -espaço -, um movimento pelo qual o Brasil pela primeira vez pudesse lançar seu satélite de um sítio próprio, de um foguete que, se não for próprio, tenha a cor da bandeira brasileira na sociedade internacional constituída por Ucrânia e Brasil, denominada Alcântara Cyclone Space. Esse é um foguete com carga limitada, na classe geoestacionária, a 36 mil km de altitude, e com capacidade de arrasto nessa órbita de 1,5 tonelada. Eu estou calculando que a gente tenha um foguete, um sítio e uma carga útil que pode ser brasileira. A diferença é que nos anos 80 e 90 o Brasil comprou de vários fornecedores, lançando de vários sítios, de vários foguetes, com 0% de tecnologia nacional. A gente está tentando buscar um meio pelo qual se possa pegar uma parcela da tecnologia embutida na feitura dos 50% do satélite Cbers e da plataforma multi-missão. E, veja bem, é um satélite de observação da Terra, em órbita completamente distinta.


TT - Mas esse satélite que o senhor está falando seria o SGB?
Ganem - Nós aproveitaríamos o conhecimento da feitura de instrumentos satelitais e adequaríamos. Essa experiência foi adquirida primeiro com o CBERS - um satélite de observação que tem 23 anos - e depois com a plataforma de multi-missão. As empresas nacionais trabalhando nesse projeto têm condições de responder algumas das demandas mais sérias que o segmento nos imporia.


TT - O senhor considera que o Brasil hoje teria tecnologia para produzir o satélite, lançá-lo e produzir o veículo lançador?
Ganem - Repare o seguinte. Eu não falei hora nenhuma em produzir foguetes. O foguete está sendo feito na Ucrânia. É da família mais bem sucedida. São 223 lançamentos do Cyclone 3 sem nenhum erro. Essa é a família de lançadores de cargas úteis mais bem sucedida do mundo. É ucraniana, não é russa e nem foi soviética. Com capacidade de arrasto e carga de 1,5 tonelada, que é um terço da carga dos satélites de comunicação mais usuais. Todo mundo sonha com satélites geoestacionários de 4,5 toneladas que, no planeta, você vai depender de um grande lançador, muitas vezes maior do que um Cyclone 4, em sítios que não são nem Alcântara (MA), nem Barreira do Inferno (RN), que são dois dos sítios que foram recuperados pela minha gestão à frente da AEB.


TT - Esse satélite na classe de 1,5 tonelada teria condições de atender às demandas nacionais de telecomunicações?
Ganem - É aí que entra a questão do step by step. Vamos ter dois sítios lançadores dentro do centro lançador de Alcântara, um militar, que lançará o VLS já em 2011, e o outro civil, comercial e binacional da Alcântara Cyclone Space. Esse foguete virá da Ucrânia. Existem planos sim de se produzir no Brasil. Mas isso não interessa à revista, não interessa ao seu público, porque quem gastou o que eles gastaram em lançadores de terceiros não está nem aí para a bandeira brasileira.


TT - Eu percebo que existe uma dicotomia de interesses. De um lado o interesse comercial de fazer com que as coisas aconteçam o mais rapidamente possível e em valores de mercado. E, de outro lado, você tem o interesse nacional de...
Ganem - Deixa eu te corrigir. Os dois lados têm pressa, têm expectativa de poder encontrar caminhos para colocar no ar o primeiro satélite geoestacionário brasileiro. Ocorre que pela natureza das demandas que eu tenho condições de atender hoje, ele teria que ter pelo menos o viés de dois clientes importantes para o Brasil. Um é a capacidade de meteorologicamente ele me informar o que vai acontecer quando as chuvas se aproximarem de novo do Vale do Itajaí. Há dois anos morreram 108 pessoas porque eu sabia com três dias de antecedência que ia chover, mas eu não sabia que ia ser uma cabeça d’água. Com o satélite meteorológico posso especificar a natureza do risco.


TT - Mas hoje o Brasil tem satélites meteorológicos, não?
Ganem - O Brasil hoje depende virtualmente de informações meteorológicas que são, eu diria, absolutamente dependentes de satélites de terceiros. Nós tivemos três satélites Cbers, o Cbers 1, o 2 e o 2b. O 3, que vai ser o quarto, será lançado o ano que vem, de um sítio chinês por um foguete de grandíssimo porte chamado Longa Marcha.


TT - Por que não de Alcântara?
Ganem - Porque o nosso foguete não ficou pronto. O nosso sítio ainda não está pronto e a gente passou dois anos guerreando com pudores quilombólicos.


TT - E esse satélite vai ser lançado para ocupar a posição...
Ganem - O primeiro satélite geoestacionário brasileiro teria que ter, então, pela limitação da coifa desse foguete, um tamanho mais reduzido. Como tal, ele tende a responder por comunicações governamentais, comunicações militares e uma parte das comunicações que hoje a gente tem amarradas aos satélites hegemonicamente comprometidos com outras bandeiras. Então, eu tenho questões de Estado que estão para além da questão comercial “stricto sensu”. Não existe dicotomia, existe um sentimento de urgência que não pode calar e para o qual a gente quer dar solução, para não deixar que mais um governo... Política de espaço é uma política de Estado, não é de partido nem de governo. No campo satelital, em dez anos você muitas vezes não botou no ar aquilo que é objeto da sua pesquisa.


TT - Mas qual é a prioridade para o Estado brasileiro? É ter um satélite com grande capacidade de tráfego para observações meteorológicas ou....
Ganem - Eu consultei o mercado, consultei o Ministério das Comunicações, os militares, o Ministério de Ciência e Tecnologia... E o mercado me disse: se a Agência Espacial Brasileira quer começar bem ela começa com comunicações de ordem governamental, comunicações militares em banda exclusiva de um lado e de outro um satélite meteorológico verdadeiro.


TT - Então no mesmo aparelho é possível atender a essas duas demandas?
Ganem - Ou não, eu quero ter dois satélites. O problema é que o ritmo em que esse assunto se desenrola não é o ritmo Ganem de ser. Sou uma pessoa que a vida inteira transformou limão em limonada.


TT - No caso dos satélites, o senhor acha que o Brasil teria condições tecnológicas de desenvolvê-los para colocá-los em órbita em tempo de atender todas essas demandas?
Ganem - Não me faça essa pergunta, porque essa é uma pergunta capciosa. Tempo pode ser determinante para eu continuar importando indiscriminadamente, por exemplo. O tempo pode ser uma maneira pela qual alguém se julgue no direito de amanhã dizer: “eu tenho uma banda de telecomunicações que vai do Oiapoque ao Chuí e preciso de um satélite e tenho que importar”. É capital dele. Para falar de política de Estado, eu tenho que ter um marco, primeiro regulatório, que me permita discutir uma linha de recursos entrantes que advenha dos setores privados, tal como aconteceu, por exemplo, com o submarino nuclear brasileiro. Um gigante do negócio de engenharia do País entrou na composição do capital de uma empresa inteligentemente bem formada, constituída com uma golden share nacional na mão de grupos que representam, no caso, a Marinha.


TT - Por que não foi possível integrar o projeto brasileiro com o que a Oi sugeriu fazer no momento em que ela comprou a Brasil Telecom?
Ganem - Essa é uma questão muito delicada. Porque embora as discussões que levaram à aquisição do controle da Brasil Telecom tenham o viés comercial que tiverem, têm um viés estratégico também. Em nenhum momento a agência espacial foi chamada para discutir, qualquer que fosse o modelo. E não sei se deveria ter sido, entenda bem. Agora um colega que foi meu chefe, ministro de Ciência e Tecnologia, autor do fundo espacial, autor de todos os fundos setoriais que colocaram dinheiro para a Ciência e Tecnologia de forma bastante adulta neste país, poderia perfeitamente passar a mão no telefone: “Ganem, meu filho, estamos aqui discutindo um projeto estratégico importante para o Brasil”. O satélite da Oi tem a mesma natureza de carga útil de 4,5 toneladas, só de combustível são 2 toneladas. A modelagem dele é um Hughes, um Hispamar. Ou vou estar, neste momento, admitindo que a pressa vai me fazer comprar ao invés de desenvolver. A pressa vai me fazer contratar lançador que não tem a bandeira do Brasil, e eu vou cair na mão do Ariane 5 - de acordo com a classe de tonelagem que está sendo projetada pela Oi. E, além disso, em sítio que não é o nosso. Por outro lado, o grupo Oi/Telemar é uma empresa brasileira no Brasil. Da mesma forma que o são os seus competidores no Brasil.


TT - Qual é o preceito que me fará fazer com “A” e não com “B”? O que vai acontecer na hora em que eu disser para o mercado que, desprezando regras de competição, eu vou me associar ao grupo para produzir um satélite em detrimento das companhias satelitais concorrentes? E qual a expectativa do senhor em relação ao governo Dilma Rousseff?
Ganem - Eu acho que o governo do presidente Lula e, naturalmente, o governo que o sucederá, tem um mérito extraordinário de resgatar segmentos que estavam adormecidos, e eu estou usando “adormecidos” para ser simpático.


TT - Sem falar nas descobertas do pré-sal...
Ganem - O que está no pré-sal é provavelmente um veio interessantíssimo do velhíssimo território representado pela fusão dos dois continentes, América Latina e África. Não por acaso, no mar comercial explorável do Atlântico Sul vocês verão uma bandeira francesa no norte. E várias bandeiras britânicas. E a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) não tem o que fazer mais no Atlântico Norte, então ela pode virar OTASA e nós, otários, se não tivermos satélites marítimos. Estamos conversados? Ninguém veio a passeio. Eu não sou engenheiro nuclear, eu não sou engenheiro aeronáutico, eu sou motorista de papel. Eu vim organizar essa guerra.


TT - Mas o senhor acredita que o governo Dilma vai dar a prioridade que o senhor está mostrando ser tão necessária?
Ganem - Eu espero que a presidente da República tenha a possibilidade de aplicar parte dos insumos que ela recebeu como recomendações para este segmento. Toda a parte relativa à balança comercial brasileira de produtos primários é satélite, e isso não é comunicação. Toda a parte relativa à plotação do petróleo, ao uso da melhor inteligência pró-cardumes do Atlântico Sul, é satélites. Toda a parte relativa a ensino à distância é satélite, emprego e uso da medicina à distancia e da Rede Nacional de Pesquisa é satélite.


TT - O senhor mencionou insumos que devem ser analisados pelo governo. O senhor está querendo dizer que a AEB produziu estudos e levantamentos...
Ganem - Fizemos um documento e enviamos para a Estratégia Nacional de Defesa e a Defesa, no meu entender de forma errada, está tratando a questão dos satélites como uma questão de estratégia de defesa. Se esquecendo que é por aí que as barreiras impositivas dos detentores de know how vão funcionar. No momento que isso virar um óbice concreto baseado em um instrumento confundido com a não-missão da agência: comercial, civil, plena e pacífica. Se misturo a guerra nisso, estou arrumando uma encrenca anunciada: a crônica da morte anunciada.


TT - No começo, inclusive, o senhor mencionou que outros países não apoiam o projeto brasileiro e fazem de tudo para que ele não saia.
Ganem - Existe um quantitativo de barreiras enormes para impedir que nós lancemos e que nós possamos lançar em meia ação com um projeto como o do Cyclone, por conta do parceiro que nós escolhemos. Alguns dos países protagonistas detestam a parceria sino-brasileira para imageamento da Terra, que deu origem à formação do satélite óptico Cbers, que tem a tarefa de imagear o Brasil e que está apagado agora. O seu último representante apagou; desapareceu em 10 de abril.


TT - Acabou a vida útil?
Ganem - Ele simplesmente feneceu. A vida útil dele já havia sido dada. Eles são caros, mas têm concepção para dois anos. Imagina eu tendo que utilizar peças e componentes não certificados, como é que é isso?


TT - Em toda a nossa conversa, o senhor não mencionou o que talvez seja o principal programa de infraestrutura de telecomunicações do governo Dilma, o Plano Nacional de Banda Larga. Existe uma sinergia muito grande com o projeto de satélite geoestacionário, já que para cobrir o Brasil inteiro é preciso capacidade satelital.
Ganem - Eu apenas não citei banda larga porque a banda larga é posterior aos estudos de 2008, quando o grupo de trabalho foi refeito. Depois disso fizemos uma licitação para estudar um modelo a partir do qual o marco legal e contábil fosse aprovado do lado de uma parceira público-privada. Esses estudos estavam sendo providos por um consórcio que comprou o edital, se habilitou, disputou a concorrência e ganhou. A agência vai se manifestar com um laudo acerca do trabalho que está sendo desenvolvido.


TT - Esse relatório foi apresentado quando?
Ganem - Eu acredito que há dois meses. Tem um trabalho de avaliação que, no meu entender, tem que ser muito bem apreciado. Eu não estou contratando alguém para me dizer coisas que eu já sei. Estou contratando alguém para me trazer o inusitado, o novo, a modelagem que possa de fato fazer jus e sentido para abarcarmos um novo modelo. Acho que a retomada de um Plano Nacional de Banda Larga reafirma o propósito de que educação é também uma atividade baseada em satélites.


TT - Para produzir um satélite geoestacionário a estimativa era de US$ 500 milhões a US$ 600 milhões. Mas isso é só o satélite ou o satélite mais o lançamento?
Ganem - Um satélite geoestacionário vai custar hoje entre US$ 500 milhões a US$ 600 milhões para produzir e lançar. Ocorre que você faz um satélite desses em alguns anos. O que eu acho que o mercado tem que saber é: a AEB não quer o mercado de telecom. A AEB não é agente legítimo para estar no mercado de telecom, estamos combinados? Não nos temam, nós não estamos aqui para lhes roubar fatia. Agora, como protagonistas como eles (as empresas) desse sistema, a gente tem que estar no business.

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