Satélites lançados em programa binacional reforçam status do Inpe de fornecedor mundial de imagens espaciais
(Estadão) Além de treinar técnicos para monitorar florestas em outros países, o Inpe quer fortalecer sua posição como fornecedor internacional de imagens de satélite. Três antenas na África já estão habilitadas para receber dados do satélite sino-brasileiro CBERS-3, localizadas nas Ilhas Canárias, no Egito e na África do Sul. Juntas, elas cobrem a maior parte do continente africano e do Oriente Médio, além de Portugal e Espanha.
O CBERS-3 fará imagens de toda a Terra, continuamente. Mas só quem tiver uma antena receptora poderá obter imagens da própria região. Isso porque os dados precisam ser “baixados” pouco depois de registrados, para não sobrecarregar a memória do satélite. Caso contrário, são apagados automaticamente.
A China tem três antenas e o Brasil, uma, em Cuiabá (MT), com alcance suficiente para baixar imagens de quase toda a América do Sul. A construção de uma segunda antena, em Boa Vista (RR), é proposta para cobrir a parte norte do continente, incluindo Venezuela e Colômbia.
“Estamos conversando com o Ministério das Relações Exteriores para conseguir recursos para o projeto”, diz o chefe do Centro Regional da Amazônia do Inpe em Belém, Claudio Almeida. “Ao mesmo tempo, iniciamos conversas com o México, que também tem uma antena capaz de receber dados CBERS, com a qual poderemos cobrir toda a América Central e boa parte da América do Norte.”
Outras duas parcerias também estão sendo negociadas na África: no Gabão e no Quênia.
O CBERS-3, apesar do nome, será o quarto satélite produzido em parceria com a China desde 1988. O último foi o CBERS-2B, que parou de funcionar em maio e já forneceu imagens para a África. Desde 2004, o Brasil adota uma política de distribuição gratuita de seus dados CBERS. Mais de 1,3 milhão de imagens dos três satélites da série já foram distribuídas nesses seis anos.
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