Cyclone Space Fará Lançamento de Obras

Empresa binacional Brasil-Ucrânia lançará pedra fundamental na cidade de Alcântara, na próxima quinta-feira, que marcará o início das obras para construção do sítio de lançamento; foguete Cyclone deve ser lançado em 2012

(O Estado do Maranhão - Brazilian Space) A empresa binacional brasileiro-ucraniana Alcântara Cyclone Space lançará na próxima quinta feira (9) a pedra fundamental das obras de construção do seu sítio de lançamento. O evento ocorrerá no município de Alcântara (MA) e começará às 11h. Participarão da solenidade o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e os diretores gerais da ACS, Roberto Amaral, representando a parte brasileira, e Oleksandr Serdyuk, da parte ucraniana da empresa.

As obras estruturais do sítio de lançamento da binacional devem ter início ainda este ano, logo após a cerimônia simbólica da próxima semana. Desde o dia 2 deste mês, a empresa iniciou os trabalhos de supressão vegetal da área que abrigará o complexo espacial: uma área de quase 500 hectares do município alcantarense. A estrutura da empresa será construída em uma área cedida, em 2008, pelo Ministério da Defesa dentro do território já ocupado pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

O início das atividades de supressão vegetal sofreu atraso de quase um ano e só foi possível após a liberação da licença ambiental emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA). O projeto de licenciamento ambiental também foi apresentado e aprovado por comunidades quilombolas e entidades de apoio social, durante audiências públicas realizadas em São Luís e Alcântara.

Lançamento - A expectativa da empresa é lançar o primeiro foguete Cyclone-4 em fevereiro de 2012. A Alcântara Cyclone Space foi criada em 2007 para inserir os dois países no bilionário mercado mundial de lançamento de satélites. O objetivo da empresa é explorar os serviços de lançamentos em bases comerciais com o foguete ucraniano Cyclone-4 a partir de Alcântara, no Maranhão, visando prover o acesso ao espaço para satélites, além de permitir cooperação tecnológica entre o Brasil e a Ucrânia.